Ajude a financiar a Semana de Estudos e Formação Anti-Comunista 2025
2 min — há 11 anos — Atualizado em: 9/1/2017, 9:24:44 PM
Com este título o Sr. Mikhail Saakashvili publicou um artigo na imprensa paulistana. Ele foi presidente da Geórgia, de 2004 até o ano passado. Seu olhar necessariamente experiente está a ver coisas que à primeira vista parecem não nos interessar, devido à enorme distância física e cultural que nos separa do Cáucaso. Mas é bom para pormos as barbas de molho.
Pois bem, o artigo de Saakashvili é tal que seria uma imprudência não tomá-lo em conta. O título diz tudo: “A Guerra está chegando”.[1]
Mas que guerra? Ele não especifica.
Constata ele que Vladimir Putin considera a “maior catástrofe geopolítica” do século 20 a dissolução da União Soviética e está empenhado em reverter essa situação e voltar à bipolaridade anterior. Nesse sentido, a recentíssima anexação da Criméia seria um passo para estabelecer os alicerces para “novas realidades políticas e legais“. Quais? A Moldávia, a Letônia ou talvez alguma província da Polônia estão na alça de mira para futuro próximo.
Como disse a chanceler alemã, Angela Merkel, no dia 13, “a Rússia está trazendo à mesa a lei da selva”.
O mundo livre está diante de um dilema: será que o Ocidente está disposto a pagar esse preço agora ou atrasar a decisão e pagar um preço muito mais alto no futuro?
“Essa escolha pode ser descrita em termos médicos. O câncer da agressão russa surgiu pela primeira vez na Geórgia. O Ocidente decidiu ignorar o diagnóstico, preferindo tratar a doença com aspirinas. A Crimeia é a metástase daquilo que ocorreu na Geórgia, mas o Ocidente continua a excluir a opção cirúrgica – ou seja, a intervenção militar – dizendo que essa é arriscada demais.
“No entanto, no mínimo seria melhor começar com a quimioterapia. Sim, isso significa que o Ocidente sentiria os efeitos do próprio remédio, principalmente as empresas europeias no curto prazo. Mas, no longo prazo, essa dose dolorosa é a única maneira de ajudar a eliminar o câncer chamado Putin”.
Mikhail Saakashvili prossegue:
“A respeito dos apaziguadores em relação a Hitler, Winston Churchill disse, certa vez, profeticamente: “Puderam escolher entre guerra e desonra. Optaram pela desonra e terão a guerra“. É claro que não podemos esperar de políticos modernos, obcecados com pesquisas e eleições legislativas, que sejam como Churchill o tempo todo. Mas, no mínimo, eles não deveriam ansiar por entrar para a história como Chamberlain. E, no coração do apaziguamento, há um equívoco em relação ao homem que Putin é – e sempre foi.” [2] Um comunista ex KGB, acrescento eu.
[1] OESP, 9-4-14.
[2] OESP, 9-4-14.
Seja o primeiro a comentar!