No momento, você está visualizando Namoro e Laicismo

Em meio ao caos do mundo moderno, cada vez mais se nota uma tendência a “legitimar” situações ilegítimas, designando-as com palavras de uso corrente. A palavra como que “escorrega” e passa a significar uma coisa diferente do que antes significava.

Plínio Corrêa de Oliveira já nos advertia para a manipulação das palavras com vistas a produzir uma “baldeação ideológica inadvertida”, ou seja, a pessoa muda de ideologia sem perceber. Usando um mesmo vocábulo vão sendo designadas situações progressivamente diferentes, até que, no final do processo, a palavra passa a designar o contrário do que ela significava no início.

É o que se passa, por exemplo, com as palavras “namoro” e “laicismo”.

Até há pouco “namoro” era um primeiro relacionamento afetivo entre pessoas de sexo diferente, para se conhecerem melhor com vistas a um engajamento mais sério, no noivado, e por fim o casamento.

Hoje em dia, não. O termo “namoro” vem sendo empregado para designar um relacionamento já diretamente sexual, incluídos o concubinato, o adultério e até a homossexualidade! Tudo é namoro!

O propagandeado líder sem-terra, João Pedro Stédile, declarou formalmente que “a maioria das freiras que foi morar em acampamento [dos sem-terra] acabou arrumando namorado” (Revista “Atenção”, maio/1996).

O mesmo vai ocorrendo com a palavra “laicismo”.

Originariamente, “laicismo” significava a doutrina pela qual o Estado é separado da Igreja. Portanto não há uma religião oficialmente professada pelo Estado. No Brasil, no tempo do Império, Igreja e Estado eram unidos. Com o advento da República, houve a separação e o Estado ficou reduzido à categoria laical. Igreja e Estado passaram a conviver autonomamente.

Depois disso, tanto fizeram e mexeram na palavra “laicismo”, que hoje muitos entendem o Estado leigo como sendo aquele que deve perseguir a religião. Daí a campanha contra os crucifixos em locais públicos, proibição de ensino religioso nas escolas, projetos contra a “homofobia”, que visam a criminalizar os cristãos que usam de sua liberdade de expressão religiosa para criticar as práticas homossexuais etc.

Razão tinha o saudoso Prof. Plinio Corrêa de Oliveira ao insistir em que as palavras fossem usadas com precisão e clareza!

Este post tem 7 comentários

  1. Anthony Ferreira

    Uma solução seria registar com copyrigth certas palavras, de modo a não poderem ser usadas a autorização da igreja

  2. amauri oliveira

    O texto é bem apropriado, pois é exatamento isso que penso, pois os fatos do cotidiano têm encaminhado para o caos, ou seja, contrário aos valores da familia.
    Como deveremos fazer para reagir e mudar tal absurda tendencia?

  3. JOSE ANTONIO

    Concordo com o Anthony, entretanto o Estado geralmente dificulta qualquer registro de direitos autorais. Quanto as palavras que vão perdendo osignificado é um fato. Eu pesquiso sempre que possivel os meus dicionários etimologico Caudas Aulete, o dicionario de Grego e o de Latim, quando em portugues há alguma palavra que algum filologo colocou nos seus dicionários. As vezes encontro discrrpancia. E o pior é que as faculdades adotam as novas linguagens para poder chegar aos academicos, e estes aprendem com esses novos significados e vão se desviando mais e mais do verdadeiro sentido que deveriam seguirem suas formações. As vezes ouço ou leio algum bem formado profissional discorrer sobre um assunto, que fico pensando: onde foi que ele aprendeu aquilo? E penso que não tem mais jeito. Não sei se você já discutiu uma idéia com algu´me contrario sobre o mesmo assunto. Mas em se tratando de Bibia, pelo amor de Deus!

  4. G. Monteiro

    Outro exemplo é a palavra ” FAMÍLIA” que agora pode ser qualquer contrato de dois, e por enquanto é só de dois, mais já se houve falar em maior elasticidade!
    Quando as conceitos dos mais santos como: Deus, família, direitos humanos, freira… vão sendo sendo solapados, que esperar da juventude? Que Deus a proteja!

  5. Márcio Magagna

    E o que dizer de termos em que se dá significado ambíguo, então? Num tribunal o perigo é maior ainda: condena inocente ou solta culpado. Basta o completo desconhecimento da língua(aqui não analfabeto é o que sabe assinar o nome e, quantos universitários estão nessa situação), mas o “Aurélio” continua aumentando com seus neologismos acrescentados, fornecendo fartamente de termos aos fraudadores e interpretadores, torcendo ao seu bel prazer o significados das palavras. Já está a nível de excegese, como acontece com a Biblia, que chaga a ser aplicada até para justificar ações antipáticas à sociedade séria. Vamos ver que fim levará o termo:casamento!

  6. FAÇANHA

    A decadência da família e do casamento desde uns cinquenta anos, é visível; as noivas deixaram a virgindade, muitas casam com os filhinhos servindo de aias e pagens.
    Quanto ao namoro, após uns dias já permite chamar os irmãos de cunhados, os pais de sogro e sogra, o casal de marido e mulher.
    Procuram o casamento na igreja católica, para aproveitarem a mise en scène liturgica/estética; são uniões consensuais/experimentais sem pretensões à vitaliciedade.
    Arremedo por arremedo, os homossexuais também querem participar da pantomima desses casamentos sem essência teológica.

  7. Rafael

    Parabéns pelo esclarecimento! Gosto de ler informações que realmente me interessam!

Os comentários estão encerrados.