Portal do IPCO
Plinio Corrêa de Oliveira
IPCO em Ação
Logo do Instituto Plinio Corrêa de Oliveira
Instituto

Plinio Corrêa de Oliveira

Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo

A China não é “made in China”: uma análise, uma previsão, uma confirmação (I)

Por Marcos Machado

4 minhá 5 anos — Atualizado em: 6/3/2019, 9:23:00 PM


      A nossa mídia gosta de apresentar a China, como segunda potência mundial, dando a entender que sua industrialização, seu crescimento têm sua causa, propulsão e continuidade na aplicação dos princípios comunistas.
Nada mais falso, nada mais contrário à realidade histórica.  Foram o capitalismo ocidental e a aproximação com o Japão (1972) os reais motores da industrialização da China.

                  Tudo começou com a viagem de Nixon em 1972

Vamos aos fatos: Em 1972 Nixon – que se elegeu em nome do anticomunismo yankee – empreendeu a chamada “detente” que numa abordagem rápida poderia se traduzir por abertura aos países comunistas: sobretudo Rússia e China. Assim, Nixon empreendeu “sensacionais” viagens — trombeteadas e aplaudidas pela mídia — à Rússia e à China.

       O acerto de uma análise, uma previsão e a confirmação pelos fatos

Em outubro de 72, assim se exprimia, através da Folha de São Paulo, o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira:
“Não poderia a China aspirar ao controle da Ásia? Extensão territorial, população superabundante, apetite de conquista não lhe faltam. Mas, ser-lhe-á necessário ainda, para tão grande cometimento, um potencial industrial e bélico considerável. E o regime comunista não lhe deu nem uma nem outra coisa.

A China comunista só poderá desenvolver-se e alçar-se à condição de superpotência imperialista, com o concurso de uma nação capitalista de grande importância.(…)”

Na foto, Nixon cumprimenta Mao Tsé Tung em 1972

Os fatos, comentamos nós, superaram as previsões do Prof. Plinio: além dos EUA, Japão, outras nações montaram fábricas na China. Inclusive o Brasil.

Continua o Prof. Plinio: “Ora, a única possibilidade de a China receber tal apoio de uma nação capitalista consistiria numa completa reformulação de suas relações com o Japão. (lembramos, o comentário é de 1972 quando o Japão tinha um gabinete conservador e anticomunista).

                 O Japão se dobra ante a pressão de Nixon. Sobe um “premier” de esquerda

     “Segundo a ordem natural das coisas, nada seria mais impraticável. As violentas rivalidades entre os dois povos amarelos, agravadas pela implantação do comunismo na China tornaram intransponível a distância política entre os dois países. Pois o Japão se manifestou sempre cioso de evitar o contágio da lepra vermelha.

“Mas Nixon – deliberado a desmantelar inexoravelmente o sistema anticomunista do Extremo Oriente – ainda desta vez favoreceu o jogo chinês. Em entendimentos diretos com Tóquio, fez saber que o Japão não perderia o apoio dos EUA no plano comercial, se se aproximasse resolutamente da China.

“E, como era natural, no Japão, o derrapamento para a esquerda começou.

“Como todos sabem, o gabinete conservador foi substituído por outro, de matiz esquerdista. O novo governo tratou, desde logo, de aproximar da China. E daí resultou a visita que o “premier” nipônico Tanaka está fazendo a Pequim.

        O primeiro ministro “Tanaka, por sua vez, não cessa de manifestar sua humildade ante os anfitriões chineses. Em sua visita a Mao (Tsé Tung), reconheceu a “culpa” do Japão pela agressão à China, elogiou rasgadamente Chu (em Lai), a hospitalidade chinesa e até a comida chinesa. E ainda compôs um poema sobre o reatamento com Pequim”.

          Ainda em 1971: “E por fim, com a já inevitável entrada da China Vermelha no Conselho de Segurança da ONU, o poder norte-americano perde um ponto nesse supremo cenáculo da política mundial”. 1

A entrada da China no Conselho de Segurança da ONU, ao lado da Rússia, é um poderoso trunfo, por exemplo, para vetar ações contra a Venezuela de Maduro.

Estes são fatos históricos. Em 1972, época da viagem de Nixon, o PIB da China era apenas de 113,7 bilhões US. A China não é, portanto, fruto dos princípios comunistas. Cumpriu-se a previsão do Prof. Plinio: a China precisa do “concurso de uma nação capitalista de grande importância”; a História mostra que houve o concurso de várias nações capitalistas, e até do Brasil.

Leia a íntegra em: https://www.pliniocorreadeoliveira.info/FSP%2072-10-01%20Pesadelo.htm

https://www.pliniocorreadeoliveira.info/FSP%2071-10-17%20A%20burguesia.htm

Detalhes do artigo

Autor

Marcos Machado

Marcos Machado

492 artigos

Pesquisador e compilador de escritos do Prof. Plinio. Percorreu mais de mil cidades brasileiras tomando contato direto com a população, nas Caravanas da TFP. Participou da recuperação da obra intelectual do fundador da TFP. Ex aluno da Escola de Minas de Ouro Preto.

Categorias

Tags

Comentários

Seja o primeiro a comentar!

Comentários

Seja o primeiro a comentar!

Tenha certeza de nunca perder um conteúdo importante!

Artigos relacionados