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Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo

“Nossa bandeira verde e amarela, sem foice e martelo”

Por Paulo Roberto Campos

6 minhá 8 anos — Atualizado em: 10/3/2018, 5:13:16 AM


Dezenas de milhares de manifestantes participaram no domingo (26-3-17) na Avenida Paulista de protestos pacíficos contra a corrupção nos meios políticos e em apoio ao juiz Sérgio Moro e à operação Lava-jato.

Nem os organizadores nem a Polícia Militar de São Paulo divulgaram o número de participantes. Embora com cifras menores, manifestações análogas ocorreram em várias outras cidades.

A explicação para a afluência menor de público em relação às gigantescas manifestações anteriores foi que, desta vez, os alvos eram mais difusos e pulverizados, além do surgimento de alguns temas novos que o grande público ignora. Nas anteriores, os objetivos foram bem definidos e diretamente contra a roubalheira promovida durante o governo PT para a perpetuação de sua sigla no Poder, pelo impeachment de Dilma Rousseff e para impedir a “cubanização” ou “venezualização” do Brasil.

Assim, no recente protesto, houve manifestações pulverizadas a respeito de uma série de questões: contra a corrupção generalizada; em defesa da operação Lava-jato; pela abolição do “Estatuto do Desarmamento”; pela rejeição às leis que permitem o aborto; pelo fim do “foro privilegiado” e da impunidade ao “caixa 2”; contra a “Lei de imigração”; pelo retorno da Monarquia; pelo NÃO à anistia aos políticos corruptos; pelo NÃO à proposta de “lista fechada” de partidos nas eleições etc.

Entretanto equivoca-se quem diagnosticar que esses fatores e o comparecimento inferior indicam um arrefecimento da reação da opinião pública em face da situação atual do País. O descontentamento é enorme, mas o que levou os brasileiros a saírem em número menor às ruas para protestar nesse último domingo foi a ausência no panorama nacional de lideranças autenticamente conservadoras capazes de fazerem frente à esquerdização do País.

Nota-se que a população começa a perceber que a causa da crise que atravessamos não é apenas de caráter político e econômico, mas de caráter moral. Em qualquer caso, nota-se também que continua firme na maior parte do  público a resolução, muito difundida nas manifestações, de defender “Nossa bandeira verde e amarela, sem foice e martelo”. Cores que a maioria dos participantes usava como símbolo de uma reação antipetista.

Com propostas mais definidas, jovens doInstituto Plinio Corrêa de Oliveiraparticiparam da manifestação na Avenida Paulista, quando distribuíram ao público o comunicado abaixo.

 

QUERO MEU BRASIL DE VOLTA! 

Dez reivindicações por uma Nação autêntica, cristã e forte

Em 2016, os brasileiros saíram às ruas bradando “nossa bandeira é verde e amarela” e “nossa bandeira jamais será vermelha”. E assim afastaram do Poder uma corrente política que visava, ora de modo claro, ora velado, nos impor o socialismo bolivariano.

Em 2017, voltamos às ruas bradando “quero meu Brasil de volta!”, não só para que os entulhos bolivarianos sejam removidos, mas sobretudo para que se assegurem à Nação direitos naturais, resultantes da própria boa ordem posta por Deus na Criação.

Direitos esses que não são uma concessão do Estado, sobre os quais ele pode legislar a seu bel-prazer, mas antes lhe incumbe respeitá-los e defendê-los.

A atuação do Instituto Plinio Corrêa de Oliveira não tem qualquer intuito político-partidário. Não propomos como solução nem pessoas, nem partidos, nem panaceias políticas.

Interpretando os sentimentos mais profundos dos brasileiros, reivindicamos:

1. Respeito à vida desde a concepção até a morte natural, e não à descriminalização do aborto.

2. Respeito à família como foi constituída por Deus, isto é, pelo casamento de um homem e uma mulher, como está estabelecido em nossa Constituição.

3. Respeito ao mais inalienável direito dos pais, que é a educação dos próprios filhos, e a rejeição da “Ideologia de Gênero”.

4. Respeito à livre iniciativa, pois tendo sido o homem criado à imagem e semelhança de Deus, é livre e inteligente. A não observância desse direito inibe a capacidade criativa de um povo.

5. Respeito ao direito à propriedade privada, garantia da liberdade, e fim das invasões rurais ou urbanas.

6. Respeito ao direito natural de legítima defesa e abolição das restrições à posse e ao porte legal de armas, como foi manifestado por 64% dos brasileiros quando do referendo que visava nos impor o desarmamento.

7. Levar adiante — prudente e implacavelmente — o combate à corrupção que vem saqueando a Nação nos últimos tempos.

8. Redução do tamanho do Estado às reais necessidades da Nação e consequente redução do insuportável fardo tributário que pesa sobre os brasileiros.

9. Radical simplificação da atual legislação trabalhista, fonte de tanta desarmonia entre patrões e empregados.

10. Valorização das Forças Armadas e Policiais militares e civis como guardiãs da Nação. No seu prestígio e na sua eficiência repousam a paz social e a segurança interna e externa de nossa Pátria.

Que Deus inspire as nossas autoridades executivas, legislativas e judiciárias a respeitar as autênticas aspirações oriundas de nossa formação profundamente cristã, para que o Brasil retome as vias de um progresso autêntico e venha a ser aquela Nação com a qual todos nós sonhamos…

E assim, com as bênçãos de Nossa Senhora Aparecida, o Brasil volte a brilhar no concerto das Nações. “Procurai o Reino de Deus e sua justiça e o resto virá por acréscimo”, assegurou-nos o Divino Redentor.

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Paulo Roberto Campos

Paulo Roberto Campos

227 artigos

Jornalista (MTB 83.371/SP), colabora voluntariamente com a Revista "CATOLICISMO" (mensário de Cultura e Atualidades) e com a "ABIM" (Agência Boa Imprensa).

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