Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
3 min — há 6 anos — Atualizado em: 5/20/2019, 4:47:35 AM
Estamos às vesperas das eleições para o Parlamento europeu. A ideia de uma Europa unida tomou força nos fins da Segunda Guerra. Seria, sonhavam, uma fórmula para se prevenir novas guerras.
Muito ao contrário da antiga Cristandade a União Europeia tornou-se uma força a serviço da descristianização. A pressão que os paises membros recebem para favorecer o aborto, a união homossexual são provas dessa má orientação.
Aproveitamos a ocasião para reproduzir os comentários do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira sobre o que foi outrora a Cristandade. Fica assim posto o contraste flagrante da Cristandade com essa Pan Europa de 2019, e de como vai longe a decadência do Velho Continente. Será o incêndio de Notre Dame uma permissão da Providencia a indicar essa decadência e despertar a alma das nações europeias?
Na foto, o Prof. Plinio venera o trono de Carlos Magno, o fundador da Cristandade Medieval, em Aachen.
Cristandade: uma família de povos católicos
Os povos cristãos formam (ou formavam) uma verdadeira família, no sentido mais genuíno da palavra. A família resulta, antes de tudo, de uma certa comunidade de vida entre seus membros, recebida da mesma fonte, do mesmo tronco genealógico. A Cristandade tem também uma comunidade de vida, a vida da graça, a vida sobrenatural que faz de cada fiel um filho adotivo de Deus.
A comunidade de vida cria obrigações, na família e na Cristandade. Na família a defesa dos ancestrais, de que todos receberam a vida natural, a defesa dos parentes, em cujas veias corre o mesmo sangue.
Na Cristandade, a defesa de Nosso Senhor Jesus Cristo e de Seu Corpo Místico. Na família, todos devem trabalhar para o ideal comum. Na Cristandade todos devem cooperar para a dilatação do Reino de Cristo. O conceito de Cristandade é uma projeção, no terreno natural, da grande realidade sobrenatural que é o Corpo Místico de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Se este conceito estivesse bem vivaz na mente dos católicos contemporâneos, eles perguntariam naturalmente aos seus dirigentes temporais o que fazem no momento, pela dilatação do Reino de Cristo no mundo, que serviço prestam à Igreja com este objetivo, que providências estão tomando para destruir os obstáculos que no mundo inteiro se levantam contra este supremo desideratum.
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A midia de esquerda dedica uma campanha acirrada contra qualquer Nação ou governo que se alinhe às pautas conservadoras: chamam a isso de populismo. Quanto maior seria esse ódio das esquerdas se várias nações católicas se unissem de modo a constituir uma união moral, ainda que fosse uma pálida Cristandade.
Ao contrário do que pregam os esquerdistas, os iluministas, os liberais socialistas o Estado tem uma obrigação moral de coadjuvar a ação da Igreja favorecendo de todos os modos a prática da virtude e coibindo as peças blasfemas, as manifestações satanistas, as práticas contrárias à Lei Natural como o aborto, a união homossexual, a ideologia de gênero, o ataque à propriedade privada.
Recomendamos vivamente a leitura deste artigo sobre a Cristandade e a Federação Europeia do qual extraímos os tópicos acima:
https://www.pliniocorreadeoliveira.info/1952_014_CAT_A_federacao_europeia.htm
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