Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
5 min — há 9 anos — Atualizado em: 9/1/2017, 8:49:01 PM
Desde tempos imemoriais, a igualdade total tem sido o grito de guerra (ou de revolta) daqueles que se insurgem contra a obra do Criador, toda ela feita de seres desiguais. Utilizam por vezes, matreiramente, certas desigualdades econômicas exageradas como pretexto para combater toda e qualquer desigualdade.
A harmonia e a beleza da criação está exatamente na desigualdade, desde que proporcionada e harmônica. Isto vale também para a música, para a pintura e para tudo quanto o ser humano é capaz de fazer. Nada mais sem graça e sem interesse do que a monotonia de uma igualdade que se repete sem nada de novo. O igualitarismo é a morte da civilização e da cultura. Isto vale também para a indumentária.
Depois de o movimento feminista ter reivindicado que as mulheres deveriam usar trajes masculinos, surgiu uma nova onda, buscando fazer com que os homens usem saias.
Não entenderia bem as coisas quem se limitasse a rir desse fato, como se ele traduzisse apenas a manifestação de excêntricos ou homens efeminados. O aspecto ridículo existe, é fora de dúvida, mas o pior é a doutrina que se esconde por detrás, a qual nega as diferenças evidentes entre homem e mulher. É mais uma aplicação prática da malfadada Ideologia de Gênero.
O que é Ideologia de Gênero? Leia este artigo
Sabe quem é que lança as modas?
Tais ondas sempre começam aos poucos.
Já em 2008, na França, o jornal de esquerda “Libération”, em sua edição de 14 de maio, noticiava a existência de um movimento de “homens que defendem ‘a libertação do guarda-roupa masculino’, exigindo o direito de livrar-se da ‘ditadura das calças’ e adotar saias como peça de vestuário. É o que explicou Dominique Moreau, 39 anos, fundador e presidente da associação Homens de Saia, que já conta com cerca de 30 membros”.
Segundo Moreau, “centenas de homens que há anos manifestam sua vontade de abandonar as calças […] pedem direitos iguais, para poder também vestir saias e vestidos ‘pelo conforto e pelo prazer’”. Reivindicam o “direito de dispor plenamente do próprio corpo, nos moldes da libertação feminina”.
Segundo Jerome Salomé, “as saias são ‘mais confortáveis, mais amplas’, não ‘restringem as partes íntimas, e por isso são mais adequadas à fisionomia masculina’”…
No mesmo ano, o jornal madrileno “ABC” (25-1-08) noticiava que, “os operários de construção suecos usam saias. Trabalhadores de qualquer idade apresentam-se em seus locais de trabalho com saiazinhas azuis, até os joelhos, fabricadas com o mesmo tecido dos jeans, combinadas com um paletó também azul ou um impermeável anorak. Assim vestidos, sobem nos andaimes, assentam tijolos durante suas oito horas diárias, sem se incomodar com os transeuntes.
“Esta saia para homens, recebeu o prêmio de Moda da Teko, está sendo lançada pela Blåkläder [foto ao lado], uma empresa que fabrica roupas para várias profissões. Situada em Svenljunga, na província de Götaland, a companhia conta com 77 empregados e se vangloria de ser a melhor do ramo. Desde 1959 confecciona uniformes de todos os tipos, inclusive para o setor da Saúde e o Exército, com filiais em 10 países”.
As saias para operários “transformaram-se na novidade mais cool [arrojada] e radical do ramo. Contém grandes bolsos exteriores para as ferramentas e um bolso interno para objetos pessoais. São de vários tamanhos”.
O jornal “ABC”, sem ir ao fundo do problema, aponta entretanto a contradição aberrante: “É preciso reconhecer que fica esquisito ver estes enormes vikings, tão másculos, alguns com barba, bigode e uns bíceps dignos de um campeão de levantamento de peso, revestidos com umas saiazinhas muito coquetes, veste que contribui, por certo, para tornar seu caminhar mais sofisticado e gracioso”.
As coisas andaram. Estamos em 2015.
Atualmente já existe uma loja virtual de moda masculina que oferece saias para homens, bem como uma página do Facebook especializada em fazer propaganda desse tipo de vestimenta para homens, homenzinhos ou homenzarrões.
Ainda mais aberrante do que esse fato é a tentativa de racionalização, por meio da Ideologia de Gênero, que nega por princípio as desigualdades naturalmente existentes entre homem e mulher.
Alguém poderia objetar que é de uso comum, na Escócia, o kilt, bem como, no Brasil, a batina que os clérigos usam (ou usavam!).
A objeção não se sustenta e pode ser derrubada com um piparote, dado que não se trata de indumentárias femininas, mas sim de vestes tradicionais para homens, sem nenhuma conotação de efeminamento ou de ridículo, muito menos de igualitarismo. Totalmente diferentes das saias que agora querem impingir para homens, feitas para dissolver a identidade masculina na feminina.
O kilt tem sua origem na roupa dos guerreiros Vikings que conquistaram todo o norte da Europa, depois a Irlanda e a Normandia. Veja-se este guerreiro Viking, usando kilt.
Enquanto a batina dos clérigos, como a dos cruzados, remonta à época em que os homens usavam túnicas, sem qualquer parentesco com as saias femininas. Foi usada por exemplo, pelos Cruzados, guerreiros exímios.
Nunca é demais lembrar o ensinamento da Sagrada Escritura: “A mulher não se vestirá de homem, nem o homem se vestirá de mulher, e aquele que o fizer será abominável diante do Senhor, seu Deus” (Deut. 22,5).
Gregorio Vivanco Lopes
173 artigosAdvogado, formado na Faculdade de Direito do Largo São Francisco. Autor dos livros "Pastoral da Terra e MST incendeiam o Brasil" e, em colaboração, "A Pretexto do Combate Á Globalização Renasce a Luta de Classes".
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