Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
3 min — há 5 anos — Atualizado em: 6/27/2019, 3:08:01 AM
A expressão “relações comerciais sem viés ideolgico” foi utilizada pela midia como forma de propaganda subliminar a favor de uma maior aproximação Brasil-China. Veremos, pelo contrário, como Xi Jinping e o Partido Comunista chinês introduziram o “viés ideológico comunista” como meta no campo político, social e religioso.
O site cruxnow (1) teceu oportunas considerações sobre o viés ideológico comunista da China. Xi Jinping julgou oportuno até reabilitar Confucio como instrumento da “sinicização”.
Diz a notícia: “Embora durante décadas o oficialmente ateu Partido Comunista tenha atacado Confúcio como um símbolo do feudalismo, ele foi reabilitado nos últimos anos como um meio de reunir o patriotismo e combater as influências estrangeiras”.
“A China iniciou cursos de cinco dias de imersão na cultura confuciana para líderes religiosos na cidade natal do sábio (incluindo o presidente da Associação Católica Patriótica Chinesa, controlada pelo PC), como parte de uma campanha para estender o controle governamental sobre comunidades religiosas através de um processo de sinicização”.
A China lança a mais severa repressão religiosa
“O presidente Xi Jinping lançou a mais severa repressão em décadas sobre práticas religiosas, especialmente aquelas vistas como estrangeiras como o cristianismo e o islamismo, enquanto ao mesmo tempo elevava o confucionismo nacional”.
“Os burocratas do partido que supervisionam a religião exigiram que os princípios e textos religiosos-chave, como a Bíblia e o Alcorão, sejam interpretados “em conformidade com as exigências do desenvolvimento e excelente cultura tradicional chinesa.””
Aqui está o conceito de sinicização: “Xi tem repetidamente apelado a líderes religiosos e crentes para serem guiados pelos “valores centrais socialistas””.
É flagrante a contradição da mídia que rotula de “populismo” os governos com tendência de direita e ao mesmo tempo silencia sobre a China que pratica o mais radical nacionalismo comunista.
Continua a notícia de cruxnow: “Isso tem sido acompanhado por uma campanha de remoção de cruzes e intimidação de muitas igrejas” incluindo os campos de reeducação de 1 milhão de uighures.
“Várias universidades dos EUA rejeitaram ofertas para abrir Institutos Confúcio em seus campi ou se recusaram a renovar contratos por preocupações sobre a influência política do governo chinês”.
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Por que razão a nossa mídia não fala? Desconfie. E o “acordo provisório” Vaticano-China diante dessas graves violações do mais fundamental direito humano que é conhecer e praticar a verdadeira Religião?
O Cardeal Parolin acha positiva a “sinicização”
Nosso site publicou trechos da entrevista do Cardeal Pietro Parolin ao The Global Times, a versão em inglês que é porta voz do PC chinês:https://ipco.org.br/cardeal-parolin-a-sinicizacao-e-a-apologia-do-regime-chines/#.XRQAvOhKguU
“Após tratar de “inculturação” continua o Cardeal Parolin: “Para o futuro, certamente será importante aprofundar este tema, especialmente a relação entre ‘inculturação’ e ‘sinicização’, tendo em mente como a liderança chinesa tem sido capaz de reiterar sua disposição de não enfraquecer a natureza e a doutrina da cada religião”. Como pode o Cardeal Parolin declarar isso contra a realidade dos fatos?”
(1) https://cruxnow.com/cns/2019/05/28/china-deploys-confucius-in-bid-to-boost-religion-controls/
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