Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
2 min — há 14 anos — Atualizado em: 9/1/2017, 9:33:20 PM
Depois de uma longa batalha no Tribunal Europeu de Estrasburgo, a Itália ganhou quase por unanimidade o direito de ostentar crucifixos em suas escolas. É o que informa a agência de notícias católica Zenit no dia 18 de março de 2011.
O caso todo começou em 2002 quando Soile Lautsi, uma cidadã italiana, pediu à escola onde seus filhos estudavam para retirarem os crucifixos das salas de aula alegando a laicidade do estado. A escola se recusou argumentando que os crucifixos faziam parte do patrimônio cultural, ao que os tribunais italianos concordaram.
Mas o Tribunal de Estrasburgo decidiu, em primeira instância, por unanimidade, que as escolas deveriam retirar os crucifixos das salas de aula e impôs ao governo italiano que pagasse uma multa de 5.000 euros a Lautsi por danos morais e argumentando que a presença de crucifixos nas escolas era “uma violação dos direitos dos pais de educar seus filhos segundo suas convicções” e da “liberdade dos alunos“.
Como era de se esperar, houve inúmeras reações tanto na Itália quanto em todo o mundo. (Saiba mais). O estado italiano, com o apoio de vários países, interpôs um recurso que acaba de ser julgado no dia 18 deste mês.
Qual a sentença? Por 17 votos contra 2, o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos define que a presença de crucifixos nas salas de aula não é “uma violação dos direitos dos pais de educar seus filhos segundo suas convicções” e da “liberdade de religião dos alunos“, já que “não existem elementos que possam provar que o crucifixo afeta eventualmente os alunos“.
O Pe. Federico Lombardi SJ, diretor de imprensa da Sala de Imprensa da Santa Sé, afirmou em comunicado oficial que o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos “reconhece, em um nível sumamente autorizado e internacional, que a cultura dos direitos humanos não deve se opor aos fundamentos religiosos da civilização europeia, aos quais o cristianismo ofereceu uma contribuição essencial“.
Enfim, esta é uma notícia que dá ar para nossos pulmões aqui no Brasil. Também estamos enfrentando uma batalha contra a perseguição religiosa. E, se seguirmos o exemplo da Itália, ou seja, se reagirmos, se nos manifestarmos, se todos fizerem sua parte o resultado também será o mesmo.
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