Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
2 min — há 14 anos — Atualizado em: 9/1/2017, 9:53:47 PM
Uma musiquinha francesa veio-me à memória ao tomar conhecimento do noticiário da semana. Chama-se tout va très bien, madame la marquise.
Ela conta com muita verve a história de uma marquesa que, estando em viagem, telefona para seu criado querendo saber se tudo corria bem em casa.
E o criado vai respondendo, sempre começando suas frases com um “tudo vai muito bem”.
Terminadas as quatro primeiras palavras, vem o famoso “mas…”: ele começa a dar detalhes, muito deprimentes, terminando com um incêndio que destruiu parte do castelo. Conclui com um último “mas, tirando isto, tudo vai muito bem”.
A música é uma sátira bem feita do otimismo sistemático e por princípio, e pode aplicar-se aos otimistas ou indiferentes diante da verdadeira “reforma do Brasil” para pior, preconizada pelo PNDH-3. Aqui, isso não vai acontecer, pensam os otimistas… Para que se esforçar?
Veja-se, por exemplo, a última estatística da Organização Mundial da Saúde sobre aborto em diversos países: no Leste europeu chegou-se a 103 abortos para cada 100 crianças nascidas vivas. Na Rússia de hoje realizam-se 95 abortos para cada 100 nascidos vivos! Na Espanha os abortos dobraram nos últimos vinte anos. Tudo isso é o que desejam os fautores do PNDH-3, para o Brasil.
O corolário do aborto é um desproporcionado carinho para com os animais irracionais, um substitutivo do carinho para com as crianças. Se os meninos de nada valem, algo tem de ocupar seu lugar.
Assim, lemos numa notícia: “O tratamento ortopédico, que incluiu até um pino na pata, doeu na fox paulistinha Cindy e no bolso da dona, a geógrafa Letícia Sartori. Depois de gastar uns R$ 7.000 com tratamentos, cirurgias e o parto da cadela, resolveu aderir a um plano de saúde para cachorro.
“É um sofrimento porque ela é como se fosse minha filha. Ela já está mais idosa e começou a dar defeito como carro velho”, diz Letícia, dona da Cindy, de 15 anos. Para não confundir com cachorros muito parecidos, a operadora exige a implantação de um microchip para identificação do animal.
Assim como nos planos de saúde para humanos, o convênio para os animais tem carência, limite de consultas, rede credenciada que varia de acordo com o plano contratado e é mais barato para bichos com menos de 6 anos (Folha de S. Paulo, 16-8-2010).
Mas as coisas não param aí. Comenta o Globo: “Alguma coisa está fora da ordem. Cachorros de raças pequenas passeiam em carrinhos de bebê em Ipanema e crianças andam amarradas a coleiras para não se perderem dos pais. Duas foram vistas encoleiradas nos últimos dias: uma no Shopping Leblon e a outra, no Galeão” (16-8-2010). Não é igualdade; é a hierarquia, mas invertida. No caso, os cachorrinhos estiveram no alto dela, e os humanos, no rés-do-chão.
Então, as aberrações vão entrando por toda parte e se implantando. Não há por que duvidar: tudo vai bem… bem para baixo! A única solução é fazer nossa parte e confiar em Nossa Senhora.
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