Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
3 min — há 9 anos — Atualizado em: 9/1/2017, 8:50:18 PM
A revista The Economist afirma que “em menos de quatro meses de seu segundo mandato, Dilma Rousseff permanece no cargo, mas para muitos fins, já não está no poder. E o PT, de esquerda e nominalmente governante, já não dá as cartas na capital, Brasília”.
E prossegue: “Nem mesmo a permanência de Rousseff no Planalto está inteiramente garantida. Graças à combinação incendiária de uma economia se deteriorando e um escândalo de corrupção em massa na Petrobrás, ela se tornou profundamente impopular. Os manifestantes querem seu impeachment, assim como 63% dos entrevistados numa pesquisa recente.” [i]
Quanto ao companheiro e camarada do qual ela é herdeira, pergunta The Economist: “Mesmo acompanhado de seguranças, Lula passaria incólume num passeio pelo centro de qualquer capital do País?” [ii]
A matéria da revista britânica deixa claro mais uma vez que o cerne da oposição a Rousseff não é fenômeno exclusivamente brasileiro: “Além do crescimento dos movimentos de direita no exterior, especialistas apontam a atual fragilidade política do PT, denúncias de corrupção e a condução da economia como razões para a direita despontar”.
Por outro lado, “pesquisa do Datafolha divulgada em setembro do ano passado, durante o período eleitoral, já mostrava tendência de crescimento da ideologia de direita. De cada cem brasileiros, 7 possuíam tendências de esquerda; 28 de centro-esquerda; 20 de centro; 32 de centro-direita e 13 de direita”. [iii]
De um artigo de Zander Navarro em “O Estado de S. Paulo” de extraio os seguintes tópicos:
“Em suas múltiplas vertentes, o campo da ‘esquerda’ vem-se deparando com o dilema acima, sem solucioná-lo. Por isso agoniza em todo o mundo.
“A esquerda foi encurralada, pois seu discurso se encaixava num passado, hoje inexistente. Sua ideologia não seduz mais e, assim, tem apostado apenas no acaso. Seus programas convencionais não têm a menor plausibilidade.
“A esquerda amofina, perplexa, em seu labirinto, pois a sua base social se reduz dramaticamente, suas grandiosas [sic!] propostas não aderem ao mundo real Há um recuo generalizado de sua presença política em todo o mundo.” [iv]
Ora, a todo entardecer corresponde uma aurora. Como será essa aurora? Não retornará a saudosa e doce primavera da Fé após um tão longo e tenebroso inverno?
Nela não encontraremos nenhuma marca do “mais ou menos” característico (na melhor das hipóteses) de nossa época. Nem de falsos radicalismos.
Ouçamos a palavra da Sabedoria. Como ensinava o Papa Leão XIII, esperemos mais uma vez que, “triunfando de todos os obstáculos, violências e opressões, dilatando sempre mais sua pacífica tenda, salvando o glorioso patrimônio da arte, da ciência, das letras, e fazendo penetrar profundamente na sociedade humana o espírito do Evangelho, formou esta civilização que foi chamada cristã, que trouxe às nações que não lhe impediram a benéfica influência, a equidade das leis, a elevação dos costumes, a proteção dos fracos, a compaixão para os pobres e infelizes, o respeito ao direito e à dignidade de todos, e ainda, quanto é possível dentro da humana inconstância, a paz na vida civil, que deriva da perfeita harmonia entre a liberdade e a justiça”.
Essa civilização ressurgirá ainda mais bela uma vez destruída a Revolução anticristã e implantada uma ordem contra-revolucionária, como a descreve Plinio Corrêa de Oliveira em Revolução e Contra-Revolução: “Se a Revolução é a desordem, a Contra-Revolução é a restauração da ordem. E por ordem entendemos a paz de Cristo no reino de Cristo. Ou seja, a civilização cristã, austera e hierárquica, fundamentalmente sacral, antiigualitária e antiliberal”. [v]
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[i] O Estado de S. Paulo, sábado, 25 de abril de 2015, Zander Navarro.
[ii] The Economist, em OESP 24-4-2015.
[iii] O Globo, 26 de abril de 2015 – Marcelo Remigio.
[iv] O Estado de S. Paulo, sábado, 25 de abril de 2015 – Zander Navarro.
[v] Revolução e Contra-Revolução, ed. do cincoentenario. II, II.
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