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Plinio Corrêa de Oliveira
IPCO em Ação

Zumbis marcham… para o inferno


Zumbi 3

Vejam as seguintes notícias.

1 — Cerca de 20 mil zumbis invadiram as ruas centrais de Santiago, no Chile, na 6ª edição da “Zombie Walk”, realizada anualmente na capital chilena. Os “mortos vivos” percorreram dois quilômetros da Alameda Bernardo O’Higgins, a principal avenida da capital (Portal UOL, 19-10-13).

2 — Os zumbis invadiram Buenos Aires. A tradicional reunião de fanáticos dos mortos vivos juntou mais de 30.000 pessoas na Capital Federal. Em Tucumán se realizará em 3 de novembro (La Gaceta, Argentina, 14-10-13).

3 — Zombie Walk ao redor do mundoZombie Walk é um evento realizado em várias cidades do mundo, no qual pessoas se disfarçam de zumbis e realizam uma caminhada por áreas urbanas  (Hoy, Paraguay, 24-10-13).

“Marchas dos zumbis” realizam-se pelo mundo todo.

O que significa isso? Vamos por partes.

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É próprio da natureza humana ordenada tender para a perfeição. Mesmo que não se consiga alcançá-la na sua plenitude, deve-se sempre estar à procura da verdade, do bem e da beleza. Em escala social, uma magnífica realização histórica nos foi legada pela Idade Média. Basta olhar para as imponentes catedrais góticas, para a harmonia entre as classes diferentes, para a beleza do canto gregoriano. Foi a civilização cristã. Com as limitações, é claro, de tudo quanto é terreno, algo de celeste foi ali realizado, com a ajuda da graça divina. Daí os tão grandes elogios feitos à Idade Média pelo Papa Leão XIII.

Zumbi 2

Se, como diz Tertuliano, a imitação da pessoa sagrada de Nosso Senhor Jesus Cristo faz do indivíduo um alter-Cristo, também a busca ordenada da perfeição faz da sociedade um alter-Céu.

Pelo contrário, quando as pessoas não buscam a perfeição mas a si mesmas e aos prazeres fugazes, elas vão descambando, ainda que insensivelmente e por degraus, para as piores abominações, até chegar a formar uma anti-civilização, em que os parâmetros não sejam mais a verdade, o bem e o belo, mas sim a mentira, o mal e o horrendo.

Parafraseando Tertuliano poderíamos dizer que a imitação do demônio vai fazendo da pessoa um alter-demônio; e da sociedade, um alter-inferno.

É esta sociedade que as marchas dos zumbis buscam representar e, talvez, de algum modo iniciar. O pretexto para atrair os incautos é divertir-se e brincar, ceder à apetência de extravagância total, sem levar em conta que o homem se assemelha àquilo em que se compraz.

Figuras horrendas, monstruosas, repugnantes, em atitudes criminosas ou de demência, saídas não dos túmulos mas dos infernos. Um olho que cai da órbita e fica pendurado, uma boca inchada e apodrecida, uma criancinha servindo de alimento a um monstro e vai por aí afora.

Os organizadores fazem uma espécie de proselitismo, pois em algumas dessas marchas colocam à disposição de quem queria se tornar zumbi cabines de maquiagem para ganharem a aparência de recém saídos da tumba.

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Como se chega a isso. Evidentemente, por etapas. Começa-se a ser indiferentes em relação ao belo; depois vem o rock, acompanhado de outros sons desvairados; o gosto de usar roupas rasgadas e amarrotadas, não por pobreza, mas por prazer; o sentir-se bem na sujeira; a imoralidade ostentada de modo despudorado e a conivência com atos contra a natureza; o modo degradado de apresentar-se em público; a linguagem habitualmente chula e imoral; habituar-se a comer baratas e outros bichos repugnantes.

Zumbi 1

Nessa linha, o mais recente de que tenhamos notícia é um restaurante nos Estados Unidos em que não só as cadeiras imitam vasos sanitários, mas os próprios pratos e travessas têm esse formato, ou então formatos de urinóis. Aí as pessoas comem! E ao que dizem, em Taiwan tais restaurantes são freqüentes.

Tudo isso não é indiferente, produz um reflexo profundo nas almas, fazendo-as adquirir traços semelhantes aos do pai da mentira. Já advertiu o Profeta Oséias (9,10): tornaram-se tão abomináveis como as coisas que amavam”.

Em meio a uma passeata de zumbis, se um demônio de verdade nela se infiltrasse, provavelmente nem seria notado, tal é a semelhança. Em outros termos, tais demonstrações de horror, tomadas como naturais e até engraçadas, preparam as almas para um convívio com Satanás.

Para onde está caminhando nossa civilização ex-cristã?

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Autor

Gregorio Vivanco Lopes

Gregorio Vivanco Lopes

173 artigos

Advogado, formado na Faculdade de Direito do Largo São Francisco. Autor dos livros "Pastoral da Terra e MST incendeiam o Brasil" e, em colaboração, "A Pretexto do Combate Á Globalização Renasce a Luta de Classes".

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