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Plinio Corrêa de Oliveira
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08/04 – São Dionísio de Corinto Bispo, Confessor


Sobre este santo do século II o Martirológio Romano diz neste dia: “Em Corinto, o bem-aventurado Dionísio (ou Dinis), bispo que, devido à ciência e à graça de que foi dotado para anunciar a palavra de Deus, ilustrou o povo não somente da sua cidade e província, mas com as suas cartas ensinou também aos bispos doutras cidades e províncias. Tinha tanto respeito aos Romanos Pontífices, que nos domingos mandava ler publicamente na igreja as suas cartas. Floresceu no tempo dos imperadores Marco Antonino e Lúcio Aurélio Cômodo”.

São Dionísio escreveu, no ano 170, uma carta ao Papa Sotero, que governou a Igreja entre os anos de 168 e 176.

Eusébio, em sua obra Crônicas, afirma que o bispo ainda vivia no décimo primeiro ano do imperador Marco Aurélio, ou seja, no ano de 171.

A única fonte pela qual conhecemos Dionísio hoje em dia é esse escritor, pois São Jerônimo (De Viris Illustribus, cap. 27) utilizou-o como fonte exclusiva. Eusébio conhecia uma coleção de sete das “Cartas Católicas às Igrejas” de São Dionísio, assim como uma para ele de Pinito de Creta, Bispo de Cnossos. E, finalmente, uma carta pessoal sua de conselhos espirituais para uma senhora chamada Chrysophora.

Pelas sete cartas citadas por Eusébio podemos acompanhar um pouco o zelo do Santo bispo, através de sua correspondência.

A primeira carta é dirigida aos Lacedemônios (da Lacedemônia, Lacônia ou Esparta, na Grécia Antiga), pregando a verdadeira ortodoxia, e desejando paz e união. A segunda, dirigida aos atenienses, foi para despertar-lhes a fé, clamando para que vivessem de acordo com o Evangelho, pois eles não estavam longe da apostasia. Dionísio menciona o recente martírio de seu bispo Públius na perseguição de Marco Aurélio, a ascensão de seu sucessor Quadrato, e afirma que Dionísio Areopagita teria sido o primeiro bispo de Atenas.

Na terceira carta, para os nicomedianos, ele fala contra a seita dos marcionistas. Escrevendo na quarta carta para Gortina e as outras dioceses de Creta, ele louva seu bispo Felipe pelos esforços em favor da Igreja, e o alerta sobre as distorções dos hereges.

Para a Igreja de Amastris, no Ponto, ele escreve a quinta carta por insistência de Baquilides e Elpisto, que nos são desconhecidos, mencionando o nome do bispo local como “Palmas”. Nesta carta fala também sobre o casamento e o celibato, recomendando um tratamento caridoso aos que caíram em pecado de heresia.

Numa sexta carta, a Pinito, bispo de Cnossos, ele recomenda que ele não coloque o fardo do celibato de forma exagerada em seus irmãos, e que considere a fraqueza que a maior parte deles tem. Pinito respondeu, após algumas palavras polidas, que esperava que Dionisio lhe enviasse carne forte da outra vez, de modo que seu povo não tivesse que crescer apenas com o leite das crianças.

A sétima carta, dirigida aos romanos, é a única de que foram preservados alguns textos. O papa Sotero tinha enviado esmolas e uma carta aos coríntios e, em resposta Dionísio escreveu:“Pois este tem sido nosso costume desde o começo, fazer o bem para todos os irmãos de muitas formas, e enviar esmolas para muitos cristãos em diferentes cidades, aliviando a pobreza dos que pediram ajuda, ajudando os irmãos nas minas com as esmolas que enviou. Os romanos, mantendo seu costume tradicional, cujo abençoado bispo Sotero não apenas manteve, mas até aumentou, por ceder aos irmãos a abundância que forneceu, e por confortá-los com as palavras abençoadas através dos irmãos que foram até ele, como um pai às suas crianças”.

Na Igreja grega São Dionísio é celebrado como mártir a 23 de novembro, mas parece que ele morreu tranquilamente, em santa paz, pelo ano de 180.

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Instituto Plinio Corrêa de Oliveira

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