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Plinio Corrêa de Oliveira
IPCO em Ação

09/04 – Santa Cassilda de Toledo, Virgem


Páscoa da Ressurreição

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Atrib.: tulacampos.blogspot.com/2011/06/domingo-de-pascoa.html

A festa da ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo é a mais importante do ciclo litúrgico, ainda mais que a do Natal pois, como diz São Paulo: “Se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé” (I Cor 15, 14).

A ressurreição de Cristo Jesus é o seu mais estupendo milagre, o fato mais glorioso de sua existência humana, a prova mais luminosa de sua divindade. É a base ou pedra angular de nossa fé. A ressurreição tem seu coroamento na ascensão, e alcançará seu triunfo completo no Juízo Universal.

A Páscoa, celebrando a vitória de Cristo e de seus fiéis sobre a morte e o pecado, representa a passagem das almas do estado de culpa à condição de filhos amados de Deus. Está intimamente coligada com o santo Batismo, o qual não só é figura dessa vitória e passagem, mas a efetua, conferindo a vida espiritual da graça.

Por isso o tempo da Páscoa deve lembrar-nos as exigências morais da vida nova adquirida no Batismo, que se assentam no princípio enunciado por São Paulo: ressuscitado com Cristo, o cristão levanta as suas aspirações para o Céu, para desprender-se das satisfações terrenas, e saborear as coisas do alto.

Caberá ao Espírito Santo acabar de formar no batizado “o homem novo” que, pela santidade de vida, será testemunha de Cristo ressuscitado.

As relíquias dessa virgem são muito veneradas em Burgos desde 1750, no seu santuário que domina o vale, numa urna obra de Diego de Siloé, na qual aparece recostada. Esse santuário da “virgem moura que veio de Toledo”, tem sido assim centro de peregrinação durante séculos, e não deixa de ser frequentado ainda hoje.

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Entretanto, tudo em torno de Santa Cassilda é incerto, quando não confuso e contraditório. Entretanto, sua figura tem o encanto da simplicidade, e o sabor do heroico no amor que cativou o povo cristão medieval, e o animou à fidelidade. Seu próprio nome, “Cassilda”, em árabe significa “cantar”, é como um verso em tom de canção.

Segundo a legenda, esta santa era filha do rei mouro de Toledo, Almancrin, o príncipe mais poderoso de todos os que repartiram entre si os restos do califato de Córdoba. Ele dominou Toledo e todo o planalto, até Guadarrama pelo norte, e pelo sul até a Serra Morena.

Embora vivendo no meio de toda a riqueza da corte moura, a princesa era dotada de abundante clemência e ternura, e não suportava a aflição dos desafortunados cristãos que estavam nas masmorras, principalmente os mais pobres. Ela procurava consolá-los, levando-lhes alimentos escondidos em sua saia. Um dia o pai a surpreendeu, e ocorreu o mesmo que com as Santas Isabel da Hungria e a de Portugal: os alimentos se transformam em rosas.

É provável que os próprios prisioneiros lhe falassem da religião cristã, e a instruíssem nela. Convencida da veracidade do cristianismo, Cassilda quis receber o batismo. Mas como, entre os islamitas que a rodeavam?

Ocorreu então que a princesa foi atacada de grave doença, com fluxos de sangue que os médicos da Corte não conseguiam estancar. Ela teve então a revelação de que encontraria o remédio para sua cura nas águas milagrosas de São Vicente, cerca de Burgos, na cristã Castela. O pai concordou com a viagem, deu-lhe acompanhamento régio e cartas de recomendação a Dom Fernando I, rei de Castela.

Depois de banhar-se nas águas do poço, Cassilda recebeu o batismo em Burgos. Decidiu então a passar o resto de seus dias na solidão, dedicada à oração e à penitência. Cassilda morreu em idade avançada, sendo sepultada na mesma ermida que mandou construir, que logo se converteu em lugar de peregrinação, e onde começou-se a sentir o efeito de sua proteção.

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Instituto Plinio Corrêa de Oliveira

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O Instituto Plinio Corrêa de Oliveira é uma associação de direito privado, pessoa jurídica de fins não econômicos, nos termos do novo Código Civil. O IPCO foi fundado em 8 de dezembro de 2006 por um grupo de discípulos do saudoso líder católico brasileiro, por iniciativa do Eng° Adolpho Lindenberg, seu primo-irmão e um de seus primeiros seguidores, o qual assumiu a presidência da entidade.

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