Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
2 min — há 13 anos — Atualizado em: 9/1/2017, 9:32:13 PM
No dia 31 de maio, a sede da Federação Pró-Europa Christiana, em Bruxelas, recebeu o deputado europeu Nigel Farage (foto ao lado). Conhecido por seu discurso polêmico, o britânico Farage é líder do partido independente UKIP e presidente do Grupo “Europa pela Liberdade e Democracia” , no Parlamento Europeu.
Farage vem denunciando a verdadeira mudança nas concepções do que foi a base para a formação da União Européia: “nossa raiva não é contra a Europa. É contra a nossa classe política. Foram eles que nos trouxeram para uma união política sem nunca terem clarificado as suas intenções. Naquilo que foi vendido à geração dos meus pais, a união era um mercado interno, era apenas comércio, e a nossa soberania não seria posta em causa. Mudou tudo rapidamente e nunca nos pronunciamos sobre isso”.
A apresentação do conferencista foi feita pelo Duque Paul von Oldenburg, que salientou o apreço de Nigel Farage pela Europa com toda a sua diversidade de tradições e a preocupação de a União Européia se transformar numa “segunda edição da União Soviética”.
O deputado frequentemente ataca o falseamento da democracia na União Européia onde uma Comissão não eleita é responsável por mais de 75% das leis. “A união esvaziou o Conselho da Europa. Mas note as diferenças do processo: de um lado, no Conselho, os governos diretamente responsáveis perante os eleitores podem tomar decisões de forma cooperante; do outro lado, temos governos que abdicam de determinados poderes e os delegam a terceiros, não eleitos, que produzem legislação que depois chega aos Estados. É a cooperação versus assimilação, dois conceitos absolutamente diferentes”, disse Nigel.
Na opinião de Farage os políticos europeus são uma classe profissional formado por pessoas “que nunca tiveram empregos, nunca foram soldados, nem homens de negócios, nem sequer jornalistas. São um grupo de universitários esquerdistas que começam a fazer investigação nas instituições europeias e acabam com carreiras políticas. Francamente, não são muito mais do que parasitas” .
Por ser tão politicamente incorreto o conferencista é chamado de “populista” pelos seus detratores, mas ele costuma responder: “ Martin Schultz, líder dos socialistas europeus, depois do “não” irlandês, disse que a Europa não deveria ceder ao “populismo”. Para Schultz, representante de um grupo tão poderoso na Europa, a palavra “democracia” e a vontade natural passaram a ser sinônimos de “populismo”.
O público assistente ficou muito entusiasmado e prolongou a conferência com interessantes perguntas. No final foi servido um cocktail no qual, por mais de duas horas, os convidados debateram entre si sobre o futuro da Europa…
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