Portal do IPCO
Plinio Corrêa de Oliveira
IPCO em Ação

Arcebispo espanhol chama a desobedecer a lei do aborto


Importa obedecer antes a Deus do que aos homens” (At 5, 29).

A respeito da recente aprovação da nova (radical) lei do aborto na Espanha (vide post abaixo: Autorização para matar: 16 anos de idade!), o Arcebispo de Burgos, Dom Gil Hellín [foto], lançou uma declaração condenando a abominável lei.

Ele conclama os fiéis a não respeitá-la, uma vez que ela é contrária às Leis de Deus. Tudo conforme ao ensinamento do Evangelho: “Importa obedecer antes a Deus do que aos homens” (At 5, 29).

Abaixo segue a transcrição dessa firme condenação, que merece ser amplamente divulgada. Como desejaríamos ouvir, também dos prelados brasileiros, palavras ditas com a mesma firmeza condenando o programa tão anticristão do PT — com tantos projetos contrários aos Preceitos Divinos, como a legalização do aborto, do “casamento” homossexual, da prostituição etc. Oxalá em breve tenhamos a alegria de ouvir também aqui palavras severas como as do Arcebispo de Burgos.

O Arcebispo de Burgos, Dom Francisco Gil Hellín, advertiu que não existe o direito a matar um inocente e portanto não existe a obrigação de obedecer a nova lei do aborto, deve haver porém “uma oposição frontal e sem restrições”.

“Digamo-lo com total claridade: esta lei não é lei, embora se apresente assim por algumas instâncias políticas e legislativas. E não o é, porque ninguém tem direito a eliminar um inocente.

Por isso, ela não obriga. Mais ainda, reclama uma oposição frontal e sem restrições”, expressou o Prelado em uma carta pastoral.

Dom Gil Hellín chamou a impedir a tirania porque a reta razão não admite o aborto como um direito, já que se trata de matar “uma pessoa que não tem nenhuma culpa”.

O Prelado assinalou que o “direito a existir de uma pessoa já concebida, embora ainda não tenha nascido, não é uma crença desta ou aquela religião. Não é preciso ser um fiel religioso para afirmar que um inocente tem direito a ser defendido e respeitado em sua integridade”.

O sentido comum se rebela ante o intento de eliminar a uma pessoa por uma responsabilidade alheia ou para “ganhar dinheiro ou votos”, acrescentou.

O Arcebispo indicou também que “é uma falácia afirmar que esta lei tenha sido passada pela maioria do Parlamento e que este representa a maioria dos cidadãos; ou dizer que se o Tribunal Constitucional opinar dessa forma, seria uma desobediência opor-se, e

“Não existe o direito a matar um inocente”, diz arcebispo.

mereceria uma sanção”.

“A falácia consiste em atribuir a políticos, juízes ou cidadãos um direito que eles não têm. E ninguém tem direito a legislar que se possa matar um inocente”, expressou Dom Gil Hellín, quem chamou os espanhóis a ajudarem a “todas as mães que se encontram em dificuldades e facilitemos sua maternidade com todos os meios que dispomos”, para assim “parar esta seqüela do aborto que, só na Espanha, destruiu já mais pessoas que o número de habitantes das cidades de Zaragoza, Córdoba e Burgos”.

(Fonte: ACI Digital)

Detalhes do artigo

Autor

Paulo Roberto Campos

Paulo Roberto Campos

217 artigos

Jornalista (MTB 83.371/SP), colabora voluntariamente com a Revista "CATOLICISMO" (mensário de Cultura e Atualidades) e com a "ABIM" (Agência Boa Imprensa).

Categorias

Tags

Comentários

Seja o primeiro a comentar!

Comentários

Seja o primeiro a comentar!

Tenha certeza de nunca perder um conteúdo importante!

Artigos relacionados