Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
4 min — há 5 anos
O túmulo do rei Herodes I, o Grande, que ordenou a massacre dos inocentes visando matar o Menino Jesus, foi localizado em 2007 por pesquisadores da Universidade Hebraica de Jerusalém.
Desde então vem sendo recuperadas salas e instalações desse palácio todo feito em estilo grego pagão.
O local leva o nome de Herodium e fica a poucos quilômetros de Jerusalém.
Esse cruel rei governou a Judéia até sua morte.
Tratava-se de um monarca impostor sustentado pelos romanos. Era idumeru (ou edomita), quer dizer descendente de Esaú.
Ele fez obras colossais como reformar e enriquecer o Templo (o mesmo do tempo de Nosso Senhor), para se granjear a simpatia do povo.
Porém, os judeus odiavam-no profundamente.
Percebendo a antipatia de Jerusalém e temendo uma revolta popular, Herodes mandou construir um palácio-fortaleza fora da capital.
Seu filho Herodes Antipas mandou matar a São João Batista e reinou nos tempos da Paixão de Jesus Cristo, entregando-O à morte.
Herodes Antipas vivia como um grego e “governava” desde fora de Jerusalém. O palácio real na cidade de David ficou no uso do governador romano Póncio Pilatos.
Isto explica por que Nosso Senhor foi levado na noite para fora de Jerusalém até Herodes Antipas, para ver se esse o condenava.
Mas não se pronunciou, pois temia os judeus voltados sempre contra ele. Na sua presença, Nosso Senhor fez um silêncio profundo em sinal de menosprezo.
Voltando aos tempos de Herodes I o Grande, a estrela que guiava os Reis Magos desapareceu quando chegaram em Jerusalém.
Eles supuseram que o Messias estaria na cidade, imersa ela própria na alegria.
Porém: nada! Interrogaram então a Herodes o Grande.
Foi assim que esse rei de impostura, crueldade e mania de grandeza, soube que vinha de nascer o legítimo Rei de Israel ‒ Nosso Senhor Jesus Cristo, o descendente de David ‒ anunciado pelos profetas e por uma maravilhosa estrela.
Herodes o Grandede nada sabia e consultou o Sinédrio.
Esse respondeu que segundo as Escrituras, o Messias devia nascer em Belém.
Astutamente, Herodes disse aos Magos que fossem procurá-lo, e assim que o achassem lhe avisassem para ele ir também adorá-lo.
Em seu coração a decisão era outra: assassinar o Messias, legítimo sucessor do rei David e da coroa de Israel.
A estrela voltou a se acender quando os Reis Magos saíram de Jerusalém.
E os levou até Belém, aonde adoraram o Menino Jesus e lhe ofereceram presentes de ouro, incenso e mirra.
Advertidos em sonho, nunca mais voltaram a Jerusalém e adotaram outra estrada para voltar às suas terras.
Tendo percebido que a ardil nada adiantara, Herodes o Grande mandou matar todas as crianças de Belém de até dois anos.
São os Santos Inocentes cuja festa se celebra o dia 28 de dezembro. A Sagrada Família, previamente avisada por um anjo, fugiu para o Egito e nada sofreu.
A morte de Herodes o Grande inspirou horror aos contemporâneos.
O historiador judeu Flávio Josefo registrou:
“uma coceira intolerável em toda a pele, contínuas dores nos intestinos, tumores nos pés, como na hidropisia, inflamação do abdômen e gangrena nos órgãos genitais, resultando em vermes, além de asma, com grande dificuldade de respiração, e convulsões em todos os membros”. (“A guerra dos judeus”, I, 656, XXXIII, 5).
Herodes o Grande sabia que não estaria seguro nem no seu túmulo.
Por isso fez questão de escondê-lo com primor. Agora está sendo procurado.
Os judeus sublevados contra Roma ocuparam Herodium entre os anos 66 e 72 d.C. Os últimos muros de Herodium foram arrasados pelos romanos. E só ficaram ruínas.
O mistério de quase 2000 anos foi desvendado pelo arqueólogo Ehud Netzer, da Universidade Hebraica enquanto trabalhava nas ruínas de uma antiga escadaria usada num cortejo fúnebre real.
Segundo Netzer os restos do monarca devem ter desaparecido quando judeus rebeldes depredaram Herodium.
Herodes I o Grande executou vários de seus filhos, parentes próximos e amigos.
Foi pai do Herodes, apelidado Antipas, mencionado nos Evangelhos, diante do qual Nosso Senhor Jesus Cristo foi conduzido à procura de uma condenação.
O ditatorial Herodes o Grande, símbolo da “cultura da morte”, sumiu no desprezo universal.
Nosso Senhor Jesus Cristo redimiu o gênero humano e fundou a Igreja Católica que se estende por toda a Terra, e os Santos Inocentes reinam com Ele no Céu por toda a eternidade.
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