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Plinio Corrêa de Oliveira
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China: 400 “cidades do câncer” recenseadas


Criança com problemas respiratório em Hefei, província de Anhui

Pela vez primeira, o ministério chinês do Meio Ambiente publicou a lista das “cidades do câncer”.

Trata-se de urbes grandes, médias e pequenas, onde o nível de poluição é tão elevado que a proporção de pessoas atingidas pelo câncer superou os níveis mais alarmantes, noticiaram numerosas fontes, entre as quais o jornal “Le Figaro” de Paris.

Segundo a lista oficial, a China teria mais de 400 cidades em tal situação. Os grupos ecologistas, sempre lenientes e amigos do regime, falavam “apenas” em uma centena.

O ministério chinês disse estar preocupado pela dimensão gigantesca do problema. Mas só falou lugares comuns, como o de que “os produtos químicos tóxicos estão na origem de numerosas crises ambientais ligadas à poluição do ar ou da água. Existem até casos muito sérios, como as aldeias do câncer em certas regiões circunscritas”.

Os satélites ocidentais fotografaram essas “regiões circunscritas”, que incluem centenas de milhares de quilômetros quadrados, desde Pequim até Xangai.

Nas frequentes épocas em que a poluição habitual cobre essa imensa região, a superfície do planeta fica invisível pela densa nuvem de poluição.

Para atingir os agressivos objetivos marxistas de conquista econômica do mundo, as fábricas não providenciam nenhuma forma de controle, poluindo sem qualquer medida de prudência as regiões agrícolas.

E ai de quem não cumprir as metas determinadas pela burocracia socialista em Pequim!

O descontentamento social cresce e os cidadãos se mobilizam, opondo-se a projetos ameaçadores de fábricas químicas. Mas o regime é insensível: morra quem morrer, é preciso atingir a meta comunista de produção, como ensinou o “Grande Timoneiro” Mao Tse Tung.

A poluição em Pequim supera todos os recordes, tornando-se evidência incontestável quando uma nuvem tóxica de periculosidade inédita envolveu a capital durante mais de três semanas no mês de janeiro.

Patenteou-se, então, que o fenômeno que destrói a saúde de milhões de cidadãos escravos não se limita a algumas “regiões circunscritas”.

O Ministério do Meio Ambiente elaborou então um relatório visando abafar e desviar as queixas. Mas um número crescente de cidadãos comuns já não acredita nas falácias do governo.

No ano de 2009, o jornalista Deng Fei, do canal Phoenix TV, de Hong Kong, denunciou essas “cidades do câncer”. Sua conta no Sina Weibo (equivalente ao Twitter) é acompanhada hoje por mais de três milhões de pessoas.

No Ano Novo chinês, o jornalista lançou uma campanha intitulada “Mostrem-me os rios sujos”, recebendo então milhares de fotos mostrando deprimentes paisagens de rios supersaturados de lixo e fábricas jogando águas não tratadas nos riachos próximos.

Não há perigo de os “verdes” ocidentais divulgarem esta realidade tão anti-ecológica. Os “vermelhos” chineses são seus amigos!!!

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Luis Dufaur

Luis Dufaur

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Escritor, jornalista, conferencista de política internacional no Instituto Plinio Corrêa de Oliveira, webmaster de diversos blogs.

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