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EGITO: DEMOCRATIZAÇÃO OU JIHAD MUÇULMANA?

Por Hélio Dias Viana

2 minhá 14 anos — Atualizado em: 9/1/2017, 9:32:34 PM


Irmãos Muçulmanos, perigo maior que Bin Laden

Longe de sua propalada democratização apoiada por governos e mídias ocidentais, o Egito corre sério risco de ser dominado pelos radicais da Irmandade Muçulmana. – Esclarecedoras declarações de um sacerdote egípcio à Agência AsiaNews.

Irmãos Muçulmanos, perigo maior que Bin Laden

O grupo fundamentalista Irmãos Muçulmanos está ganhando terreno na mídia e ameaçando cristãos e muçulmanos moderados que apóiam um estado secular. O medo de um regime islâmico está levando muitos muçulmanos a emigrar para o Ocidente.

Cairo (AsiaNews) – “As reações no Egito à morte de Bin Laden tem sido distintas. Enquanto os muçulmanos moderados estão contentes com ela, os grupos da Irmandade Muçulmana, de Salafitas e Jihadistas chamam o terrorista de herói e mártir do Islã. Sua morte não reduzirá os perigos que cristãos e muçulmanos com mentalidade secular enfrentam desde a queda de Mubarak”, disse o Pe. Rafik Greiche, chefe de imprensa do escritório da Igreja Católica Copta do Egito e porta-voz de suas sete denominações no país.

O Pe. Greiche foi mais além, dizendo que muitos muçulmanos estão emigrando por medo dos fundamentalistas, que saíram de suas tocas depois da revolução no Egito e da queda do regime de Mubarak. Acrescentou que os mesmos trabalham duramente ao longo do país e estão engajados em propaganda anticristã, monopolizando algumas estações de TV, jornais e sites da Internet.

Os líderes muçulmanos estão chamando os cristãos de infiéis que não tem qualquer direito à representação no Parlamento”, disse o sacerdote. “Uma atmosfera de terrorismo psicológico está provocando medo nas pessoas que querem a democracia, conduzindo muitos para fora do país”.

A Irmandade Muçulmana é o grupo islâmico mais bem organizado do país. Ela criou quatro partidos políticos para as eleições de setembro, todos claramente fundamentalistas. Mas, para contornar a lei, que proíbe partidos confessionais a concorrer às eleições, eles eliminaram todas as referências ao Islã.

Algumas fontes disseram à AsiaNews que graças ao seu grande trabalho de propaganda, a Irmandade Muçulmana fará um novo avanço nas próximas eleições.

De momento, a única alternativa de orientação secular são os jovens da Praça Tahrir. Entretanto, após a revolução eles se dividiram em 16 grupos, que estão agora procurando se organizar como partidos políticos.

Contudo, muitos desses grupos estão ainda filiados à Irmandade Muçulmana e poderiam ser influenciados pelos velhos líderes desta, observou o Pe. Greiche, para quem “demorará um ano para se compreender todas as implicações da revolução, boas ou más

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Hélio Dias Viana

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Colaborador do Instituto Plinio Corrêa de Oliveira, Tradutor e Editor do Blog 7 dias em revista

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