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Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo

EUROPA: A crise é de ordem espiritual, diz premiê da Hungria. E no Brasil?

Por Paulo Roberto Campos

3 minhá 12 anos — Atualizado em: 9/1/2017, 9:28:00 PM


XIV Congresso de Católicos e Vida Pública

Nesta Babel de notícias que revelam a existência de um plano internacional para se acelerar a destruição da instituição da família (com a aberrante promoção do homossexualismo, do controle de natalidade, do aborto, da eutanásia, do divórcio etc.), deparei-me hoje com uma reportagem auspiciosa para as famílias.

Por ocasião do XIV Congresso de Católicos e Vida Pública, realizado nos dias 16, 17 e 18 de novembro na Universidade San Pablo-CEU, de Madrid, o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, discorreu sobre o tema “Esperança e resposta cristã à crise”, tendo sido calorosamente aplaudido.

Entre outras coisas, ele afirmou que a crise econômica europeia se deve principalmente a uma crise de ordem espiritual, e que somente por meio da restauração dos valores cristãos é que a Europa poderá ser regenerada.

A seguir, um resumo da conferência de Orban que preparei para os nossos leitores, pois sua tese vale para Brasil — tanto quanto à solução apresentada para a crise, quanto ao que ele fala de políticos europeus, que se pode aplicar aos quadrilheiros que operam (assaltam) neste Pindorama.

A CRISE ECONÔMICA NÃO VEIO POR ACASO

Viktor Orban

O primeiro-ministro húngaro Viktor Orban respondeu à pergunta de como foi possível o desmoronamento do sonho de união europeia.

Segundo ele, a crise europeia não veio por acaso, mas pela falta de responsabilidade de seus líderes políticos, quando questionaram as raízes cristãs da Europa, que são a força motriz do Velho Continente.

Como exemplo do atual colapso econômico europeu, citou a questão do crédito, que antes era concedido a pessoas responsáveis, mas que depois passou a ser concedido a representantes de países não comprometidos com o cristianismo.

O que levou nações inteiras a se escravizarem ao crédito — o que não teria acontecido numa Europa verdadeiramente cristã.

Ele lembrou que no Antigo Testamento a usura era proibida, e que a Igreja sempre rejeitou cobrança de juros abusivos, mas que atualmente os créditos foram desvinculados de responsabilidades morais. O que aprofundou a crise.

Santo Estêvão

Segundo Orban os líderes europeus fizeram carreira, ganharam muito dinheiro e desprezaram os valores cristãos, especialmente a defesa da família e da vida.

O primeiro-ministro húngaro declarou sua crença de que por trás de uma economia bem-sucedida há “algum tipo de força motriz espiritual” e que “a Europa governada de acordo com os valores cristãos se regeneraria”.

Deu o exemplo do seu país, explicando que aHungria — uma nação pobre devido ao legado do regime comunista, que a subjugou por décadas e na qual a pensão média era de apenas 250 euros — teve início uma reconstrução moral.

Ele lembrou que seu primeiro rei, Santo Estêvão, ofereceu suas armas e o reino à Virgem Maria.

Assim, a nova Constituição húngara é baseada na dignidade, na liberdade, na família, na fidelidade, com obrigação expressa de ajudar os pobres.

Ou seja, ela é baseada nos valores cristãos. O que irritou profundamente a esquerda europeia, que chegou a condenar a Hungria no Parlamento de Estrasburgo. Este deseja converter a Europa num continente ateu, no qual o conceito de família seja substituído pelo individualismo.

Armas da Hungria: a coroa de Sto. Estevão, o cetro, a espada e o globo

Com base em sua própria experiência, Viktor Orban propôs uma renovação da cultura e da política baseada nos valores cristãos. Para ele, não há outro caminho.

Ao afirmar isso, o primeiro ministro foi entusiasticamente aclamado pelo público com aplausos que duraram alguns longos minutos.

***

Com essas excelentes ideias, o valoroso primeiro-ministro húngaro seria convidado a falar em Brasília?

Parlamento Húngaro, em Budapeste (Capital)

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Paulo Roberto Campos

Paulo Roberto Campos

227 artigos

Jornalista (MTB 83.371/SP), colabora voluntariamente com a Revista "CATOLICISMO" (mensário de Cultura e Atualidades) e com a "ABIM" (Agência Boa Imprensa).

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