Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
8 min — há 3 anos — Atualizado em: 1/7/2022, 6:04:25 PM
Prosseguimos os comentários sobre o livro Revolução e Contra Revolução, que por simplificação chamamos de R-CR.
Vimos a Introdução, os Cap I e II: que mostram a crise do homem ocidental e cristão. Agora, os caracteres dessa crise.
“A idéia da universalidade da Revolução é muito clara nos filhos da Revolução. Ela é obscura naqueles que são mais ou menos filhos da Contra-Revolução.”
Essa constatação do Prof. Plinio parece ter sido vencida, em parte, com a universalidade dada à Pandemia da Covid e os métodos socialistas aplicados igualmente em todo o Ocidente.
Há meio século, constatava o Prof. Plinio: “Praticamente, a Cristandade morreu. Restam uns povos católicos, mas os Estados não são mais católicos, as nações não são mais católicas. “Mas o que é que levou a isso? Foi um só mal, foi uma só doença que produziu uma mesma ruína.
Então, a Revolução é, além de universal, una. É a mesma.” “Quer dizer, numa árvore pode ter pegado fogo inteiramente, numa outra menos combustível o fogo pode ser mais lento, pode acontecer de tudo. Mas é um incêndio só. Assim também essas mil revoluções e crises que há no mundo, pelo mesmo argumento são uma crise só.”
A agenda de gênero pregada pela esquerda nos EUA, na Europa ou no Brasil é a mesma. O mesmo se diz do aborto, do cerceamento da liberdade para a Santa Igreja. As blasfêmias, em todos os países livres, constituem mais uma prova da unidade da Revolução.
“Realmente, a Cristandade era um todo, que tinha na cúpula o Papa e o Imperador do Sacro Império Romano Alemão, e foi esse conjunto que pegou fogo. De maneira que é um incêndio só.” “Quer dizer, a cristandade sempre foi definida como a família dos povos que professam oficialmente a religião católica. Não há mais quase povo que professe oficialmente a religião católica.”Os planos do Great Reset, da Nova Ordem Mundial se inserem perfeitamente nessa antiCristandade, laica, digital, ditatorial, totalitária e despersonalizante. Infelizmente, até o Vaticano deu seu impulso e sua bênção a esse Great Reset.
“Em uma entrevista publicada em 1 de julho pelo Our Sunday Visitor, pe. Augusto Zampini, secretário assistente do Dicastério do Vaticano para a Promoção do Desenvolvimento Humano Integral e coordenador da força-tarefa COVID-19, usava exatamente o mesmo idioma. “Precisamos de líderes nos setores público, privado e civil para pressionar o botão de reset – para, de uma vez por todas, perceber que a maneira como vivemos nossas vidas até agora não é sustentável”, disse ele.” https://ipco.org.br/enquanto-o-vaticano-se-eclipsa-novos-papas-oms-great-reset-imporao-a-ditadura/
“Quer dizer, essa crise abrange tudo, por ser religiosa. O religioso é o fundamento de tudo.”
Portanto, inteligência, vontade, sensibiidade; ela abarca a cultura e todos os domínios da ação do homem.
Está dito aqui: “Que essa crise é tão profunda que ela domina todos os acontecimentos.” “Quer dizer, tudo que se passa de maneira a servi-la. Ela é como um polvo que entra em tudo e que governa tudo. Tudo a serve.”
“Total é uma coisa que abarca tudo. Dominante não só abarca, mas dirige. Penetrar em tudo é uma coisa. Dirigir é outra.” “Aliás, é preciso notar o seguinte: que esses conceitos, cada um deles prepara para o outro”: una, universal, total, dominante.
Comenta o Prof. Plinio: “Agora vem a parte que eu julgo mais difícil de entender, (…) e é dizer que a Revolução é processiva, ela constitui um processo.” “
O que é que nós podemos chamar um processo? Por exemplo, o crescimento é um processo. Como é que se define o crescimento de uma árvore, por exemplo, ou do corpo humano, ou de uma associação ou qualquer coisa?” “É um todo, vamos dizer, o corpo humano, é um todo. Ele tem uma vitalidade. Essa vitalidade está em expansão. Porque ela está em expansão, ela atua sobre o corpo e vai pondo nele modificações.” “Essas modificações são por etapas que se ajudam umas as outras, de maneira a chegar até a maturidade.
“Então, o que que é, qual é a noção de processo? É a atuação por etapas de uma causa que produz vários efeitos, e esses efeitos se somam, ou se multiplicam, para chegar a um fim. Isso se chama um processo.”
“Se os senhores quiserem, a decomposição de um cadáver é um processo também. “Quer dizer, a vitalidade cessou, e então processivamente vai se dando uma decomposição, que contagia o corpo inteiro e os primeiros efeitos se somam aos segundos para produzir os terceiros, e daí por diante, até decompor o cadáver inteiro. Seria um outro processo em sentido inverso. Isso é um processo.”
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Vimos os cinco caracteres da Revolução. Os esforços das Big Tech, dos bilionários socialistas, do Foro Econômico Mundial, da ONU a favor de uma super estrutura mundial, ditatorial, socialista ajudam a compreender as características da Revolução.
A nova Cristandade, no Reino de Maria, será o oposto do Great Reset desejado pelas forças da Revolução.
Continuaremos, no próximo Post.
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