Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
3 min — há 12 anos — Atualizado em: 9/1/2017, 9:28:10 PM
Prosseguem as matanças de cristãos na Nigéria (África). Em dezembro último, um grupo de fundamentalistas islâmicos degolou 15 cristãos na localidade de Mussari, nos arredores de Maiduguri, região nordeste da Nigéria, informou uma fonte dos serviços de emergência locais.
“‘Segundo as informações que recebemos, os criminosos entraram em algumas residências e mataram 15 pessoas que estavam dormindo’, disse a fonte, que pediu anonimato. As autoridades haviam informado no sábado o ataque, executado na sexta-feira em Musari, mas com um balanço de cinco mortos e sem revelar outros detalhes”.(1)
O tenente-coronel Sagir Musa, porta-voz militar na região, declarou à “Agência France Press” que alguns foram mortos a tiros, e outros atacados com facões.
Referindo-se às vítimas, uma fonte que pediu anonimato disse que “incluem um guarda de trânsito e 14 civis”, e que “foram escolhidas porque eram todos cristãos”. Segundo informou um vizinho, “os agressores entraram silenciosamente em casas cujos moradores eram cristãos”.
Parte desses fundamentalistas pertence à organização Boko Haram, que exige a adoção em toda a Nigéria da sharia, lei islâmica que não admite a prática de qualquer outra religião que não seja o islamismo. Estima-se que os ataques do Boko Haram já causaram mais de três mil mortes na Nigéria desde 2009.
Grande produtor de petróleo, a Nigéria é o país mais populoso da África, com 170.123.740 habitantes.(2) O norte é predominantemente muçulmano e o sul de maioria cristã.
Um relatório de 2003 avalia que “50,4% da população da Nigéria são muçulmanos, 48,2% são cristãos e 1,4% aderem a outras religiões. Entre os cristãos, 27,8% são católicos, 31,5% são protestantes e 40,7% pertencem a outras denominações cristãs”(3). O número de cristãos está crescendo.
* * *
A Nigéria é um exemplo da terrível onda de cristianofobia que se alastra hoje por diversos países, especialmente da Ásia e da África. Animistas, hinduístas, muçulmanos e outros, por ódio à fé ensinada por Jesus Cristo, vão multiplicando o número de mártires, sob os olhares complacentes do Ocidente ex-cristão.
Defensores de “direitos humanos”, “direitos dos animais” e agora até “direitos das plantas” olham com displicente indiferença para essas matanças que se sucedem. O que faz a ONU, supostamente tão preocupada com os direitos humanos? E a União Europeia, que também se apresenta como defensora desses direitos? O que fazem os governantes das nações ocidentais, incansáveis em inculcar os chamados direitos sociais? Porventura os cristãos não têm quaisquer direitos, nem sequer o mais elementar deles que é o direito à vida?
Diante de tanta indiferença, parcialidade e, por que não dizê-lo, covardia, peçamos a Nossa Senhora que faça com que suas lágrimas irriguem as almas dos perseguidos, incutindo-lhes força e perseverança para que lutem até o fim, aceitando o martírio se este for da vontade de Deus. E que essas mesmas lágrimas caiam também sobre os perseguidores “para que se salvem, ou para que as graças rejeitadas se acumulem sobre eles como brasas ardentes, clamando por punição”.(4)
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Notas:
(1) Zero Hora, Porto Alegre, 30-12-12.
(2) The World Factbook. Central Intelligence Agency (United States)
(3) http://en.wikipedia.org/wiki/Nigeria#Religion
4) Plinio Corrêa de Oliveira, Via Sacra, VII Estação, Catolicismo, março/1951
Instituto Plinio Corrêa de Oliveira
2539 artigosO Instituto Plinio Corrêa de Oliveira é uma associação de direito privado, pessoa jurídica de fins não econômicos, nos termos do novo Código Civil. O IPCO foi fundado em 8 de dezembro de 2006 por um grupo de discípulos do saudoso líder católico brasileiro, por iniciativa do Eng° Adolpho Lindenberg, seu primo-irmão e um de seus primeiros seguidores, o qual assumiu a presidência da entidade.
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