Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
3 min — há 9 anos — Atualizado em: 10/24/2017, 3:49:50 PM
A agência de imprensa russa Interfax informou que a “nova Rússia” decidiu revisar a legalidade do reconhecimento da independência das repúblicas bálticas Estônia, Letônia e Lituânia, informou o International Business Times.
Esses países outrora independentes foram ocupados pelo exército soviético em decorrência do Pacto nazi-soviético Ribbentrop-Molotov de 1939, que dividiu a Europa em duas zonas de influência: comunista e nacional-socialista.
A ocupação soviética, em junho de 1940, procedeu a um extermínio de massa das elites e à perseguição generalizada da Igreja Católica na Lituânia.
Os três países bálticos recuperaram a independência entre 1989 e 1992, durante a queda da União Soviética – URSS.
Agora Vladimir Putin quer restaurar as “glórias” passadas da URSS de Lênin e Stalin, e revisar, se não anular, o ato de reconhecimento da independência dos países bálticos por parte da Federação Russa.
A Procuradoria Geral da Rússia acolheu pedido feito por parlamentares da Duma – Legislativo russo –, que denunciam como “organismo não constitucional” o Conselho que reconheceu ditas independências.
A manobra política esconde uma clara ameaça dentro do contexto de Guerra Fria promovida pelo Kremlin na Europa Central.
O ministro de Relações Exteriores da Lituânia, Linas Linkevicius, qualificou a iniciativa de “provocação absurda”. Seu colega da Estônia, Edgars Rinkevics, falou de decisão “inaceitável”.
Nos dias precedentes, a mesma Procuradoria Geral havia declarado ilegal o ato pelo qual a Rússia transferiu a soberania da Crimeia à Ucrânia, em 1954.
Esse ato conferiu uma “legalidade” espúria à invasão da Crimeia ordenada por Putin em 2014 e a sucessiva anexação da península.
As repúblicas bálticas têm razões de sobejo para se considerarem as primeiras a serem invadidas em caso de conflito.
O Kremlin já acenou em explorar a presença de expressivas minorias russas, sobretudo na Estônia e na Letônia, para uma súbita invasão.
A situação na região é de crescente tensão, com movimentos maciços de tropas da Rússia e da OTAN. O presidente russo vem acenando com o uso de armas nucleares contra a Aliança Atlântica, à qual pertencem os corajosos países bálticos.
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