Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
3 min — há 13 anos — Atualizado em: 9/1/2017, 9:30:26 PM
Os jornais trouxeram, na última semana, diversas reportagens analisando estatísticas sobre o número crescente de divórcios e suas nocivas consequências.
O Correio Braziliense (1/12/2011), citando dados do IBGE, diz que o “número de dissolução de casamentos cresceu 30% de 2009 para 2010”. “Para cada três casamentos celebrados em 2010, um foi desfeito”. “Em 18,3 % das uniões firmadas no ano passado uma das partes já se havia casado uma vez”.
No dia 4/12 p.p., o mesmo jornal trouxe reportagem sobre as conseqüências de uma separação para as partes: feridas emocionais profundas, gastos imprevistos enormes com cartórios, advogados, entre outros, acarretando endividamentos, aumento de trabalho para suprir despesas extras, além de ter de arcar sozinhos com mil dificuldades.
Acrescentamos a isto filhos em situações lamentáveis, delinqüência juvenil, famílias destruídas, enfim, toda a sociedade com prejuízos insanáveis.
Não abordamos aqui a provável queda, decorrente do divórcio, em situações morais gravíssimas, com sérios riscos de perdição das almas. Tais quedas morais deveriam ser o problema mais considerado para os católicos, que acima de tudo deveria ter, como mola mestra de sua vida, a obediência aos sagrados Mandamentos da Lei de Deus.
Solução?
Nas notícias citadas, a melhor solução apresentada é – pasmem! – uma separação pacifica e não litigiosa, pois os gastos seriam menores. Como se o aspecto material fosse o maior dos problemas…
É, aliás, padrão dos que atualmente tratam do assunto nunca darem a verdadeira saída para a situação, isto é, a volta aos valores religiosos e morais, aos ensinamentos de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Muitos que lamentam hoje, com lágrimas de crocodilo, as conseqüências funestas do divórcio, na época em que o senador Nelson Carneiro apregoava o divórcio, clamavam aos quatro ventos apoio à iniciativa, como se fosse solução para todos os problemas da humanidade.
Na década de 70 participei ativamente das campanhas anti-divorcistas promovidas pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira. O que é hoje a discussão sobre casamento homossexual, aborto, células troncos, etc., na época era o tema do divórcio. Em outras palavras, era o tema primordial dos revolucionários “progressistas” de então.
Se na década de 70 disséssemos que no início do século XXI os mesmos ativistas estariam brigando pelo “casamento” homossexual e pelo aborto, seríamos tachados de loucos. Hoje vemos a simpatia deles para com a aprovação do aborto e “casamento” homossexual. Daqui a 30 ou 40 anos muitos se lembrarão de “chorar” as conseqüências desastrosas desta atitude. E na ocasião, enquanto chorarem o aborto e o “casamento” homossexual, estarão vendo com simpatia a eutanásia, o casamento com animais, a eugenia, etc.
O pretexto que tais ativistas alegavam para defender odivórcio na década de 70, e alegam para defender o “casamento” homossexual hoje, e alegarão para defender a eutanásia amanhã, é a felicidade. “Ele (ou ela ) tem o direito de ser feliz”, é a frase comumente proferida por eles.
O que é a felicidade, senão a tranqüilidade de consciência que vem da obediência a Deus Nosso Senhor e do cumprimento do dever?
Ao ver o mundo de hoje gritando por “direitos” que ferem os direitos do Criador, lembro-me do eloqüente ditado popular: “o diabo promete, não dá e tira o que tem”. Continuamente confirmamos isto na observação da realidade.
Ao caminhar neste ritmo o mundo moderno, sem uma intervenção extraordinária da Providencia Divina, algum leitor pode me dizer como estaremos daqui a 50 ou 100 anos?
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