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Plinio Corrêa de Oliveira
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Patriotismo, bondade, pacifismo: O equilíbrio não é o “meio termo” entre virtude e vício


       O equilíbrio entre as virtudes nada tem a ver com o chamado “meio termo” entre virtude e vício

      Oferecemos a nossos leitores as reflexões do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira sobre o “equilíbrio entre as virtudes” e considerações sobre o Patriotismo, a bondade, o pacifismo e a guerra.

       “Uma das notas características da moral católica é que ela não recomenda apenas o amor ao bem, mas ensina que cada virtude, diretamente considerada, deve ser amada dentro de certos limites, sob pena de se transformar em defeito.

       “Quais estes limites? Os que são impostos por outras virtudes mais altas. Desde que o nosso amor a determinada virtude não seja motivado por razões muito verdadeiras e muito puras, facilmente degenera em paixão, e, com isto, se transforma em defeito.

         “Daí o aparecimento de tantas virtudes que não são senão a caricatura da verdadeira virtude, e prejudicam a fundo, na massa do povo, a concepção exata da autêntica perfeição moral.

                        Exemplificando com o patriotismo

       “Será preferível que exemplifiquemos. A Igreja pregou sempre o patriotismo como um dever sagrado. Os laços que a natureza estabeleceu entre homens de um mesmo país, como sejam comunidade de sangue, de língua, de índole, de tradições, de costumes, de aptidões etc., criam laços afetivos especiais, que nos obrigam a uma caridade particular para com nossos patrícios.

      “A isto acresce a série de obrigações que devemos ao Estado, como conseqüência forçosa dos benefícios que dele recebemos. De um modo geral, estas circunstâncias, que são inseparáveis da natureza humana, e que foram, portanto, queridas por Deus, autor da natureza, nos obrigam a uma solidariedade especial para com nosso País.

     “Entretanto, desde que esses sentimentos naturais se desvirtuem e se transformem em mera expressão de egoísmo e de paixão, o patriotismo se corrompe em um criminoso imperialismo, ou em uma estatolatria perfeitamente pagã.

    (Lembremo-nos de que o Prof. Plinio está escrevendo nos tempos da idolatria do Estado (comunista) e do Estado (nazista). Os 13 anos petistas foram, pelo contrário, um massacre do verdadeiro patriotismo nacional, tomando como modelo o bolivarianismo ou socialismo.

                              Outro exemplo: a bondade

        “Exatamente o mesmo se pode dizer da bondade. Não há virtude mais incompreendida do que esta. Julga-se, em geral, que o homem deve ser uma espécie de cretino, incapaz de perceber diligentemente as tramas alheias e de se premunir contra elas, de investir energicamente contra o erro e o vício, ou de combater virilmente em defesa de seus direitos.

          “Daí certas frases de uso corrente: Coitado! Foi tão bom, que acabou na miséria com os seus. Isto não é em geral bondade, mas a caricatura da bondade. O católico – disse-o Nosso Senhor – deve aliar a prudência da serpente à inocência da pomba. Em geral, os insucessos, os logros, os papelões ridículos a que se expõe muita gente tida por “muito boa” provém não da inocência da pomba, mas da ausência da astúcia da serpente.

                                   Exemplificando com o pacifismo. Doutrina de Santo Agostinho sobre a Guerra

         “É este, exatamente, o caso do pacifismo. Ninguém mais do que a Igreja lamenta as guerras e se esforça por evitá-las. Mas a Igreja está muito longe de entender que, por isso, a guerra é a maior das catástrofes.

         “A Igreja aprecia bastante a vida humana para lamentar e evitar tanto quanto possível a guerra. Entretanto, Ela compreende bem que há coisas de valor muito maior do que a vida terrena.

        “A este respeito Santo Agostinho faz uma grave observação. Mostra o grande Doutor que o maior mal da guerra não reside na destruição de vidas humanas que, nesta terra, cedo ou tarde serão tragadas pela morte, nem na mutilação de corpos que, dia mais dia menos, a corrupção do sepulcro mutilará por sua vez. O mal maior da guerra é a ofensa feita a Deus pelo pecado do agressor, porque uma ofensa a Deus é coisa muito mais de lamentar do que o desaparecimento de centenas ou de milhares de vidas”.

Leia a íntegra em: https://pliniocorreadeoliveira.info/LEG_400128_pacifismo.htm#.XdINWFdKguU

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Nuno Alvares

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