Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
1 min — há 14 anos — Atualizado em: 9/1/2017, 9:54:20 PM
Carlos Alberto Sardenberg
Milhões de trabalhadores brasileiros, com carteira assinada, pagam duas vezes pela assistência médica. Pagam impostos, com o que financiam o sistema público (SUS), e depois compram planos de saúde privados.
São mais de 35 milhões de brasileiros pagando aqueles planos, o que é um bom indicador do grau de confiança (ou de desconfiança) no SUS.
Vale também para escolas. O trabalhador recolhe impostos para financiar a educação pública e acaba colocando seus filhos em escolas particulares.
Como os impostos são obrigatórios, as famílias, com frequência, buscam os serviços públicos apenas porque não lhes sobra dinheiro para comprar os serviços privados.
Tudo somado e subtraído, o governo leva nada menos que R$ 837 em cima de um salário de R$ 2 mil. Ou, quase 33% do total pago pela empresa.
Na Alemanha e na França, a carga chega a 50%. Mas na Coreia do Sul, que ficou rica nas últimas décadas, não passa de 20%. Na Austrália, no Japão e nos EUA, é menos de 30%. E não consta que os serviços públicos lá sejam piores que os nossos. Pagamos impostos como europeus ricos e temos serviços como… escolham a comparação.
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