Portal do IPCO
Plinio Corrêa de Oliveira
IPCO em Ação
Logo do Instituto Plinio Corrêa de Oliveira
Instituto

Plinio Corrêa de Oliveira

Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo

Pátria armada ou Pátria amada? Pacifistas negam o pecado original

Por Marcos Machado

6 minhá 3 anos — Atualizado em: 10/18/2021, 9:54:48 PM


A midia alinhada, a esquerda católica — minoritária e isolada no contexto nacional — tentou jogar com as palavras do Arcebispo de Aparecida, no Dia das Crianças: “E para ser pátria amada não pode ser pátria armada”, disse D. Orlando Brandes.

Pátria amada não poder ser Pátria armada? Que contradição há entre amor e armas? Não se combate o inimigo por amor à Pátria? Como veremos, esse pacifismo — rejeição e ódio em princípio às armas — não vem da Paz ensinada pelo Divino Mestre.

Celebramos, há pouco, os 450 anos da batalha de Lepanto, organizada e dirigida do alto do Vaticano, por São Pio V, a qual infligiu nos turcos uma derrota secular. https://ipco.org.br/450-anos-da-batalha-de-lepanto-vitoria-da-civilizacao-crista-sobre-o-mundo-islamico/

Certamente, os pacifistas modernos se estivessem no sólio pontifício em 1571 — então ocupado por São Pio V (o mesmo da missa tridentina) teriam feito um grande ato ecumênico no qual seriam degolados pelos turcos sob o comando de Mehmet Ali-Pachá.

Por que a Igreja abençoa as espadas

“Por que razão a Igreja abençoa a espada dos militares que, recebendo as dragonas do oficialato, se incorporam à alta direção das forças armadas? Por que timbra ela em dar às espadas, que são instrumentos de morte, uma bênção que é o penhor da proteção do Deus vivo? Porque a Igreja não vê na espada dos militares senão o baluarte da justiça.

“A espada do militar é, para a Igreja, não o instrumento com que se mata em guerra de conquista, mas o meio de defesa do direito lesado, da civilização agredida, da moral conspurcada. E se o próprio Salvador não relutou em empunhar o açoite com que flagelou vigorosamente os vendilhões do templo que conspurcavam os direitos de Deus, a Igreja não poderia deixar de abençoar as espadas com que o Estado arma seus paladinos, para a defesa dos direitos da Igreja, da Civilização e da Pátria.

Batalha de Lepanto, 1571, organizada e inspirada por São Pio V

“Em outros termos, significa isto que a Igreja, a despeito das entranhas maternais que A movem em relação a todos os seus filhos, não reluta em abençoar a violência, desde que ela seja a santa violência da ordem contra a desordem, do bem agredido contra o mal agressor, da vítima prejudicada contra o causador do dano injusto.

“É necessário, evidentemente, que a violência só seja empregada quando todos os outros meios se esgotaram para restabelecer o direito lesado. É necessário, além disto, que ela não exceda em virulência ao limite do estritamente indispensável para a defesa da Justiça. Estas duas ressalvas feitas, entretanto, o exercício da violência não constitui apenas um direito, mas deve, às vezes, constituir um imperioso dever.

“Realmente, quando a espada da Justiça se deixa paralisar pela inércia, embora a civilização periclite, a Pátria corra risco e os direitos da Igreja sejam calcados aos pés, ela colabora por omissão com o mal contra o bem, com a anarquia contra a civilização, com o demônio contra Deus. Deserta de seu dever sagrado. Perde o direito ao respeito que merecia. E se transforma, de sublime instrumento de defesa, em inútil fonte de gastos inúteis, ou odioso meio de opressões.” https://www.pliniocorreadeoliveira.info/LEG%20370523_B%C3%AAn%C3%A7%C3%A3odeespadas.htm

***

A onda pacifista contra o legítimo direito natural de defesa — a legítima defesa — encabeçada por membros do Clero e do Episcopado, surfada pela mídia de esquerda, “colabora por omissão com o mal contra o bem, com a anarquia contra a civilização, com o demônio contra Deus. Deserta de seu dever sagrado“, afirmou o Prof. Plinio.

O profeta Jeremias dá uma espada a Judas Macabeu

Vejamos o que narra a Sagrada Escritura, quando o Profeta Jeremias aparece a Judas Macabeu, líder e comandante para liberdade de Israel, do Templo: “Este é o amigo de seus irmãos e do povo de Israel, é Jeremias, profeta de Deus, que ora muito pelo povo e por toda a cidade santa. 15 Depois Jeremias, estendendo a sua mão direita, deu a Judas (Macabeu) uma espada de ouro, dizendo-lhe: 16 Toma esta santa espada como um presente de Deus, com a qual deitarás por terra os teus inimigos.”

“17 Excitados, pois, com estas excelentes palavras de Judas (Macabeu), capazes de dar brios e fortalecer os ânimos dos jovens, resolveram não adoptar a defensiva, mas atacar vigorosamente os inimigos, a fim de, num combate encarniçado, decidir a guerra, porque a cidade santa e o templo estavam em perigo. 18 A sua maior preocupação não era por suas mulheres e filhos, por seus irmãos e parentes: o maior e o primeiro temor que tinham, era pelo santo Templo.” (II Macabeus 15-14,18).

Um jogo de palavras, um slogan midiático

Colocar uma antítese entre Pátria amada e Pátria armada é servir aos interesses da revolução pacifista mundial.

Como misturar e confundir direito à legítima defesa com a acusação de armar a população? Está havendo distribuição governamental de armas ao povo?

Lamentamos profundamente, como católicos, que a Paz seja confundida com Pacifismo. Ser pacífico é ser amante da Paz, que por sua vez é definida como a tranquilidade da Ordem.

Ser pacifista é querer a paz a todo custo, ainda que seja contra a nossa honra, nosso legítimo direito de defesa, nosso exercício da virtude cardeal da fortaleza.

O Divino Mestre, que ensinou “seja o seu sim, sim; seu não, não”, que empunhou o látego contra os mercadores do Templo, que é o Cordeiro de Deus e ao mesmo tempo Leão de Judá nos ensina a temperar a fortaleza e a bondade, o amor ao bem e o ódio ao mal, ao pecado.

Vejamos um trecho do livro Revolução de Contrarrevolução

  1. INCOMPATIBILIDADE DOUTRINÁRIA ENTRE A REVOLUÇÃO E A
    FARDA

    A farda, por sua simples presença, afirma implicitamente algumas verdades, um tanto
    genéricas, sem dúvida, mas de índole certamente contrarrevolucionária:
  • A existência de valores que são mais que a vida e pelos quais se deve morrer – o que é
    contrário à mentalidade socialista, toda feita de horror ao risco e à dor, de adoração da segurança, e
    do supremo apego à vida terrena.
  • A existência de uma moral, pois a condição militar é toda ela fundada sobre ideias de honra,
    de força posta ao serviço do bem e voltada contra o mal, etc.
  1. O “TEMPERAMENTO” DA REVOLUÇÃO É INFENSO À VIDA MILITAR
    Por fim, entre a Revolução e o espírito militar há uma antipatia “temperamental”. A
    Revolução, enquanto não tem todas as rédeas na mão, é verbosa, enredadeira, declamatória.
    Resolver as coisas diretamente, drasticamente, secamente more militari, desagrada o que
    poderíamos chamar o atual temperamento da Revolução. “Atual”, frisamos, para aludir a esta no
    estágio em que se encontra entre nós. Pois nada há de mais despótico e cruel do que a Revolução
    quando é onipotente: a Rússia dá disto um eloquente exemplo. Mas ainda aí a divergência subsiste,
    posto que o espírito militar é coisa bem diferente de espírito de carrasco.” (baixe o pdf gratuitamente) Revolução e Contra-Revolução (pliniocorreadeoliveira.info)

***

Nossa Senhora, “terrível como um exército em ordem de batalha”, proteja o Brasil e nosso povo ante os sofismas e as ciladas dos progressistas, que pregando uma falsa paz (pacifismo) negam os efeitos do pecado original, decretam uma nova era da bondade, erigem o ecumenismo acima do Amor de Deus. Quem me ama segue meus mandamentos, ensinou Nosso Senhor.

A tão almejada Paz vem da tranquilidade da ordem ensinam doutores como Santo Agostinho e São Tomás. Se queremos a Paz ponhamos em primeiro lugar a Ordem, a qual é uma decorrência da observância dos Mandamentos.

Detalhes do artigo

Autor

Marcos Machado

Marcos Machado

492 artigos

Pesquisador e compilador de escritos do Prof. Plinio. Percorreu mais de mil cidades brasileiras tomando contato direto com a população, nas Caravanas da TFP. Participou da recuperação da obra intelectual do fundador da TFP. Ex aluno da Escola de Minas de Ouro Preto.

Categorias

Tags

Comentários

Seja o primeiro a comentar!

Comentários

Seja o primeiro a comentar!

Tenha certeza de nunca perder um conteúdo importante!

Artigos relacionados