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Eco-extremistas querem proibir o dendê e a Nutella


Azeite de dendê na berlinda

Árvore de óleo de palma, ou dendê, (Elaeis guineensis), decretada inimigo da planeta pelo ditatorialismo ambientalista
Árvore de óleo de palma, ou dendê, (Elaeis guineensis),
decretada inimigo da planeta pelo ditatorialismo ambientalista.

A ministra socialista francesa de Ecologia, Desenvolvimento Sustentável e Energia, Ségolène Royal, denunciou a empresa italiana de doces e chocolates Ferrero de contribuir para o desmatamento do planeta.

Ela apontou que o óleo de palma é usado para o fabrico de Nutella, o creme de cacau, leite e avelãs mais vendido no mundo, noticiaram os jornais Clarín, de Buenos Aires, e La Vanguardia, de Barcelona.

A ministra justificou o gesto arbitrário alegando que o aumento das plantações de palmas da Guiné contribui para o aquecimento global.

Temos de deixar de comer Nutella, por exemplo, porque está sendo fabricado com óleo de palma”, o azeite de dendê brasileiro, disse a ministra Royal no programa Le Petit Journal do Canal+.

O disparate da ministra espantou até o apresentador do programa, que não conseguiu reprimir a exclamação: “A Nutella é boa!”.

Palma deixou de ser árvore para ambientalistas radicais

A ministra acabou por afundar sua posição, insistindo: “Sim, mas não é necessária, porque contém óleo de palmas que foram plantadas em lugar de árvores, fato que constitui um dano considerável ao meio ambiente”. Como se a palma não fosse árvore…

A ministra francesa de Ecologia está lúcida, mas talvez tenha agido com excessiva confiança na onda anticonsumista que alguns achavam que se seguiria à encíclica Laudato Si.

Eco-extremistas querem boicotar a Nutella…

Dentro de 24 horas a ministra ecologista pediu escusa aos franceses pelo seu desatino, através de sua conta no Twitter.

Entretanto, ela não foi a primeira a conclamar um boicote contra a Nutella, frequentemente acusada de todos os males pelo ambientalismo miserabilista, escreveu o jornal Le Fígaro, de Paris.

Existe até um grupo de deputados no Parlamento Europeu tentando banir o produto.

… mas escandalizaram até seus companheiros de viagem

A revolta dos consumidores, notadamente das mães que alimentam seus filhos com Nutella, impôs uma marcha-ré acelerada
A revolta das mães que alimentam seus filhos com Nutella impôs uma marcha-ré.

O próprio ministro italiano de Meio Ambiente, Gian Luca Galletti, colega de ideologia rubro-verde da ministra francesa, puxou as orelhas de sua imprudente correligionária.

A revolta dos consumidores, notadamente das mães que alimentam seus filhos com Nutella, impôs uma marcha-ré acelerada.

Michele Anzaldi, deputado pelo Partido Democrata italiano e membro da Comissão para Assuntos Agrícolas, exigiu imediatas desculpas da ministra francesa.

Esta aceitou a correção e escreveu no Twitter que estava “de acordo em valorizar o progresso”.

Em 2012, os deputados verdes franceses introduziram um projeto de “multa Nutella”, impondo um aumento de 300% do tributo que grava o dendê, para lutar, diziam eles, contra o desmatamento e a obesidade.

O projeto chegou a ser aprovado pela Comissão de Assuntos Sociais, mas foi recusado pelo plenário, tão absurdas foram as alegações.

O fato parece anedótico, mas traz um conteúdo envenenado.

Miserabilismo social é a meta do eco-extremismo

Os militantes do radicalismo ambientalista estão se engajando em campanhas para rebaixar o nível de vida dos povos ocidentais, denegridos como vulgares “ricos”. Eles gostariam de encaminhá-los rumo a uma sociedade igualitária e miserabilista.

Episódios como o de Nutella podem se repetir com outros produtos ou costumes de consumo.

A população não quer saber do miserabilismo irracional disfarçado de proteção da natureza, ignaro, mas capcioso, segundo se evidenciou neste malabarismo da ativista francesa.

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Luis Dufaur

Luis Dufaur

1042 artigos

Escritor, jornalista, conferencista de política internacional no Instituto Plinio Corrêa de Oliveira, webmaster de diversos blogs.

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