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Plinio Corrêa de Oliveira
IPCO em Ação

A saúde e o futuro das crianças ameaçados pela televisão


  • Antoine Béllion

Um estudo publicado em 29 de janeiro último pelo Conselho Superior da Saúde Pública [HCSP] e reproduzido pelo diário parisiense“Le Figaro”faz soar o alarme: o tempo excessivo passado diante da televisão tem consequências dramáticas para a saúde e para o futuro comportamento dos jovens.

O documento apresenta uma análise completa dos efeitos demolidores causados pela televisão nas crianças e adolescentes, e dá recomendações.

Atualmente na França crianças e adolescentes entre 3 a 17 anos passam três horas por dia diante da televisão. E alguns jovens ultrapassam essa média. Ora, esse hábito tem graves consequências para a saúde, denunciam muitos especialistas.

Estes são taxativos no que diz respeito aos muito jovens: “Nas crianças com menos de dois anos todo conteúdo dos programas é associado a consequências negativas.” Por precaução recomenda-se a proibição total da assistência a programas de televisão às crianças com menos de três anos.

Quanto aos efeitos das telas no sono e na saúde física das crianças, destaque “Le Figaro”, elas não precisam mais de comprovação. De fato, as crianças que passam mais tempo na frente das telas dormem cada vez menos do que as outras, praticam menos atividade física e comem mal. O relatório recomenda proibir a televisão no quarto e durante as refeições. E isto em todas as idades.

Atualmente não é mais necessário provar os efeitos causados pela televisão no sono e na saúde psíquica das crianças, chama atenção “Le Figaro”. “Não se deve autorizar a assistência de nenhum programa uma hora antes de dormir”, recomendam os autores do estudo. “Toques de recolher” deveriam ser instalados nos aparelhos de televisão.

Pode-se falar de uma “dose” máxima de assistência a programas a partir da qual o mal é inevitável? Infelizmente o estudo do HCSP não traz conselho seguro a este respeito. “Diferentes estudos são unânimes sobre a existência de efeitos maléficos causados pela ‘overdose’ de programas. Entretanto uma ‘dose’ limite não pode ser estabelecida, bem como não se pode demonstrar como se dão as consequências”, notam os especialistas.

Chamam atenção os riscos psicossociais corridos em adolescentes. “Há uma relação de causa e efeito entre o tempo passado vendo televisão e o bem estar emocional”, destaca o estudo.

Em sentido oposto, podemos sugerir o gosto pela leitura tradicional — leitura de bons livros — desde a primeira juventude. Este é um modo excelente de evitar o costume abusivo da televisão. A sugestão também é válida para os pais e todos os adultos…

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Fonte: ​http://www.lefigaro.fr/sciences/langage-sommeil-sante-un-rapport-fait-le-point-sur-les-effets-des-ecrans-20200210

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Agência Boa Imprensa

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