Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
4 min — há 7 anos
Em Porto Alegre, a quarta maior cidade do Brasil (4,3 milhões de habitantes na região metropolitana), o Banco Santander patrocinou em agosto passado uma alucinada “arte” LGBT denominada Queermuseu — Cartografias da diferença na arte brasileira.
Realizada na galeria Santander Cultural e financiada com quase um milhão de reais (aproximadamente 300 mil dólares) de dinheiro público, a custosa exibição reuniu 270 obras de 85 expositores e incluía pornografia, representações blasfemas — que já se tornaram recorrentes nesse tipo de mostras —, e até “imagens de zoofilia e pedofilia”, tal como denunciou o prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan.
As críticas da opinião pública não se fizeram esperar. A revista “Veja” — a de maior circulação no Brasil — comentou que a forte reação partiu de “movimentos religiosos”, grupos pró-família, e até de uma ONG liberal, o Movimento Brasil Livre (MBL).
Este dado é digno de registro ao evidenciar um fenômeno que se acentua em todo o mundo: o crescimento do número de liberais que, postos diante dos abismos de demência sexopática e sacrílega em que a revolução LGTBL vai se precipitando, agredidos pela realidade dão marcha à ré em suas posições libertárias e permissivas em matéria moral, mantendo sem embargo aquelas nas quais o liberalismo coincide com a ordem natural e o senso comum, como a defesa da propriedade privada, da liberdade econômica, o respeito aos direitos e garantias individuais etc.
O presidente da Comissão Parlamentar de Investigação (CPI) sobre Maus- tratos a Crianças e Adolescentes, senador Magno Malta, decidiu convocar os responsáveis do Queermuseu para “investigar o uso de recursos públicos em evento que agride uma nação cristã, ameaça crianças, jovens e os bons costumes da família brasileira”. Afirmou que a mostra é “um evento criminoso que faz apologia da pedofilia, considerada crime hediondo”.
Dezenas de milhares de aderentes de diversas instituições e sites, entre os quais o Instituto Plinio Corrêa de Oliveira se somaram à onda de protestos virtuais, convidando os que se utilizam dos serviços do Banco Santander a considerarem a possibilidade deixar de fazê-lo. A proposta causou impacto no ponto que mais dói a uma instituição bancária: em poucos dias, 22 mil clientes indignados encerraram suas contas no referido banco. E a gangrena continua.
A sucursal brasileira do Santander detém a maior carteira de clientes desse banco fora da Espanha. Com linguajar confuso e edulcorado, seu diretor-executivo, Sergio Rial, visivelmente alarmado, tentou justificar a exibição alegando que ela só mostrava “a diversidade observada sob os aspectos da variedade, da pluralidade e da diferença” segundo “diferentes ângulos de visão e abordagens” (na realidade é um só ângulo e uma só abordagem: o revolucionário), e que visava apenas apresentar “a realidade das obras e do mundo atual em questões de gênero e seus matizes”. Por trás de tanto palavreado, é a ideologia de “gênero” que surge…
O curador da mostra, Gaudêncio Fidelis, foi mais direto e revelou o objetivo da mesma: acabar com o modelo de museu “patriarcal e heteronormativo” (sic). O termo Queer — explicou — foi escolhido como “instrumento para subverter” e provocar “a queda das barreiras de gênero”. Aqui essa perversa ideologia aparece sem dissimulações…
Mas o rechaço da opinião público se tornou cada vez mais categórico e incontenível. Até que, por fim, no domingo 10 de setembro — um mês antes do previsto —, o Banco Santander deu surpreendentemente por encerrada a mostra.
Nesse mesmo dia, a Assessoria de Imprensa do Banco enviou um e-mail a milhares de assinantes dos protestos online, reconhecendo que a exibição foi “considerada ofensiva por algumas pessoas e grupos”, e pedindo “sinceras desculpas a todos aqueles que viram uma falta de respeito a símbolos e crenças na exposição Queermuseu”.
Que lição nos deixa este desenlace? Que os protestos contra a nova modalidade revolucionária que conjuga ideologia de gênero com extremos de ódio anticristão, quando feitos com inteligência e perseverança, apelando para princípios morais e religiosos, impactam o público, despertam as consciências e criam na opinião pública uma barreira contra a Revolução Cultural impossível de ser transposta.
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